Expansão de florestas no Ártico pode acelerar aquecimento
Plantas liberam mais carbono do que são capazes de capturar, diz estudo
Solo da tundra possui muita matéria orgânica estocada, dizem pesquisadores
(Thinkstock)
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TUNDRA ÁRTICAVegetação presente nas regiões árticas, como o norte da Rússia, Canadá e Suécia. Como a região é muito fria e recebe pouca luz e chuva, a vegetação não consegue se desenvolver, sendo restrita a musgos, liquens e pequenos arbustos.
FLORESTA DE BÉTULAS
As bétulas são árvores de tamanho pequeno ou médio, que se localizam em regiões temperadas. Elas são conhecidas como espécies pioneiras, por colonizar rapidamente outras áreas. As florestas de bétulas têm aumentado de tamanho nas últimas décadas, principalmente em áreas montanhosas da Noruega, a Suécia e a Finlândia.
Até hoje, os cientistas pensavam que isso pode ser uma boa notícia: o crescimento de florestas aumentaria a quantidade de carbono armazenado em plantas da região e diminuiria sua concentração na atmosfera. Mas uma nova pesquisa publicada na revista Nature Climate Change mostra que essas novas plantas podem, na verdade, liberar grandes quantidades de carbono armazenadas no solo da tundra, piorando os efeitos do aquecimento global.
A pesquisa foi feita no norte da Suécia, onde os cientistas analisaram os estoques de carbono em uma tundra e uma floresta de bétulas, vegetação que tem aumentado na região nas últimas décadas.
Ao comparar os resultados, eles descobriram que a floresta de bétulas era capaz de armazenar até duas vezes mais carbono em suas árvores que a tundra. No entanto, isso não compensava os baixos estoques de carbono em seu solo. “Isso acontece porque o solo da tundra possui muita matéria orgânica estocada, por causa de sua lenta decomposição”, diz Gareth Phoenix, colaborador do estudo.
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