sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Texto sobre Mudanças Climáticas

Introdução 
As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos.
Fatores geradores
As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.

As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar.

Consequências 
Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da temperatura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento global. Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o aumento no nível de água dos oceanos. O processo de desertificação também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças climáticas.
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Imagem do efeito estufa

Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra. É imprescindível para manter a temperatura do planeta em
condições ideais de sobrevivência. Sem ele, a Terra seria muito fria, dificultando o desenvolvimento das espécies.
Acontece da seguinte forma: os raios provenientes do Sol, ao serem emitidos à Terra, têm dois destinos. Parte deles é absorvida, e transformada em calor, mantendo o planeta quente, enquanto outra parte é refletida e direcionados ao espaço, como radiação infravermelha. Ou seja: cerca de 35% da radiação é refletida de volta para o espaço, enquanto os outros 65% ficam retidos na superfície do planeta. Isso por causa da ação refletora de uma camada de gases que a Terra tem, os gases estufa. Eles agem como isolantes por absorver uma parte da energia irradiada e são capazes de reter o calor do Sol na atmosfera, formando uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que ele escape de volta para o espaço.

O nosso saudoso mestre Aziz Ab Saber e sua opinião sobre oesfeito estufa


 Programa Roda Viva


Luiz Weis: ...Situar esse problema que todo mundo está falando “efeito estufa para cá, efeito
  estufa para lá”. Existe o efeito estufa, o senhor aposta nele?

Aziz Ab’Saber: Em primeiro lugar, Weis, eu não vou responder sobre efeito estufa, porque eu não sou um físico, eu sou um geógrafo, um geógrafo interdisciplinar, então eu vou responder, em primeiro lugar, sobre a questão do meu rigor em relação ao documento dos cientistas e dos prêmios Nobel. Eu tenho para comigo que o cientista só fala da região e dos aspectos que ele conhece e, no caso de um cientista que tem preocupações com o panorama desgraçado das desigualdades sociais e dos problemas do Terceiro Mundo, o cientista tem que ter um olho na ciência e um olho na aplicação da ciência. Ao aplicar ciência, ele já é um político, mesmo que não esteja em partidos. E, nesse sentido, o grande problema nosso é de observar bem, ter bons conhecimentos que dêem validade à observação. Ninguém observa sem primeiro ter uma longa experiência de observações e, ao mesmo tempo, de fazer diagnósticos que se traduzam em uma possibilidade de aplicação da ciência. Nesse sentido, a gente tem que ter o maior rigor com os colegas: quem não viu, quem não conhece as regiões, as áreas, os problemas de uma sociedade, os problemas das relações e do mosaico ecológico e de uma série de tipo de espaços de países subdesenvolvidos projetados sobre a herança da natureza, não tem muito direito de falar, tenha a maior especialidade do mundo e tenha recebido por essa especialidade os maiores prêmios da face da terra. Então eu não estou sendo rigoroso, eu estou sendo rigorosamente um cientista que sabe o valor do conhecimento básico, o valor do diagnóstico e a dificuldade da proposta. A proposta é que pode ser ética, não-ética, ou que pode variar segundo algumas possibilidades quase que intuitivas do diagnóstico. Nesse sentido, toda vez que se faz proposta com muita discussão nós temos vantagem, porque são várias óticas que se cruzam para se aperfeiçoar as propostas. Então, a minha primeira resposta para você é sobre essa questão delicada do aparelho de rigor. Eu sei que estou sendo rigoroso, mas estou sendo rigoroso em homenagem à ciência e não em homenagem às pessoas e aos especialistas. Cada vez a ciência terá que se conduzir melhor no campo da interdisciplinaridade, isso é ponto pacífico. [A] Segunda resposta diz respeito ao problema do efeito estufa. Eu sou um velho estudioso do problema das variações climáticas do quaternário na face da Terra [compreende a era do Cenozóico. O marco inicial, segundo geógrafos, se situa 2,5 milhões de anos atrás, na época denominada de pleistoceno] e, sobretudo, em relação à América tropical. Houve tempo em que os cientistas franceses, sobretudo os pré-historiadores, diziam, em relação à África, que teria havido uma sucessão de ciclos em que durante a glaciação a África teria sido úmida e durante os períodos interglaciais [períodos ande a temperatura da terra se eleva] a África teria sido seca. E nós, aqui no Brasil, com muita facilidade de observação ao longo da estrutura superficial da paisagem e à custa de observações que nos foram possibilitadas por uma certa reeducação dos cientistas brasileiros – através de um contato com um mundo científico  internacional, a partir de 1956, de um grande congresso internacional de geografia que houve no Rio de Janeiro – nós invertemos isso. Nós descobrimos que durante um período glacial aconteciam coisas integradas na América tropical, excepcionais: mais estocagem de gelo nos pólos e nas altas montanhas, diminuição do nível do mar... na hora em que o mar começa a diminuir de nível, os dois se estendem por aquilo que era uma plataforma, ao mesmo tempo a corrente fria sobe mais para... até o sul da Bahia, ela bloqueia a entrada da umidade. E eu acrescentei a tudo isso um segundo fato: a grande massa de ar equatorial continental, que é de uma força tão grande que atinge o estado de São Paulo durante o verão. Ela sai da Amazônia, se estende por todo o corpo das terras baixas da América tropical, tanto assim que quando o El Niño entra pelos Andes, lá na Colômbia, ela não consegue entrar na Amazônia e vem bater no sul do país, é isso que explica a dinâmica das grandes chuvas e das inundações aqui no centro-sul extremo do Brasil. Então, nós sabíamos que o controle do nível do mar é dependente do calor ou da glaciação, mais glaciação, nível mais baixo, corrente fria funcionando mais acima, menos potência, não tinha potencialidade da massa de ar equatorial continental. E, em sabendo desses fatos que foram naturais na história da Terra, vivida por questões complexas que escapam à Terra e que são exógenas, nós temos o dever de alertar o mundo sobre o aquecimento global. O global climate change não é uma simples idéia que caiu do espaço, é uma função da projeção dos conhecimentos sobre as variações climáticas, agora não-naturais, determinadas pelo homem e pelas atividades econômicas através de muitos tempos. Então, quando alguém diz “o Bush foi, recebeu informações de grupo de cientistas”, eu fico pensando quem são esses grupos de cientistas que normalmente estão mais próximos de um presidente. Porque é muito mais difícil para o presidente Collor [presidente do Brasil entre 1990 e 1992] receber notícias diretas de um humilde professor da universidade do que receber de mil vozes dos famosos, pelas famosas pessoas – que eu não gostaria de dizer o nome que eu tenho em relações a elas – que rodeiam o poder. Então, não é verdadeiro que seja uma possibilidade vaga. A cidade de São Paulo, que abrange a grande São Paulo... O construtivismo da grande São Paulo, tão plenamente, de todos os espaços, ela já se reduziu de 1900 para 1990, ela aumentou o nível de calor de 18,2, que eram as primeiras medidas da temperatura, para 20,3. Agora, se você somar devastações feitas pelo café, pelos citros, pelas canas, pela instalação do mundo urbano à maior bacia urbana da região e do hemisfério sul, que é a de São Paulo e der uma taxa de aumento de calor para tudo isso – isso é uma quantificação difícil, mas pode ser feita – você vai saber que houve um aquecimento. Então, projete isso para o tempo. Nós estamos cuidando de 1900 para 1990 para São Paulo e houve esse acréscimo de 2,2. Você projete todos esses acontecimentos, queimadas, instalação de bacias urbanas superdensificadas. São Paulo tem seis cidades originadas pelo ciclo do café e tem 1.500 cidades realmente existentes em 600 e poucos municípios, funcionando todas no mesmo modelo, cada uma copiando o modelo da outra, o modelo urbano e industrial do nosso tempo. Então é perigoso o futuro do planeta Terra em função do aquecimento global, eu tenho que jogar isso para o futuro. Eu penso que os dois pontos essenciais, tinha mais um [a] que talvez a gente volte, está bom?

 http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/331
Poluição do ar
Fontes de poluição, efeito estufa, chuva ácida, combustíveis fósseis, consequências da poluição,
combustíveis não poluentes, poluição ambiental e poluição atmosférica
poluição do ar
Indústrias: poluentes despejados no ar ( poluição industrial )
 
Introdução 
A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo.
Geração da poluição 
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.
Problemas gerados pela poluição 
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação). Em dias secos e com poluição do ar alta, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa (principalmente das 10h às 16h) e limpar o chão de casa com pano úmido). 
A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega. 
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.
Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.
Curiosidades:
- Cidades do mundo com o ar mais poluído: Pequim (China), Karachi (Paquistão), Nova Délhi (Índia), Katmandu (Nepal), Lima (Peru), Arequipa (Peru) e Cairo (Egito)
- Cidades do mundo com o ar mais limpo: Calgary (Canadá), Honolulu (Estados Unidos), Helsinque (Finlândia), Wellington (Nova Zelândia), Mineápolis (Estados Unidos) e Adelaide (Austrália).
- 14 de agosto é o Dia de Controle da Poluição Industrial.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Que país é este? Este não é o meu país.


15/03/2012 10h26 - Atualizado em 15/03/2012 10h26

Movimento dos Atingidos por Barragens protesta no Centro do Rio

Manifestantes se reúnem na Candelária para marcha por ruas do Centro.
Eles pedem atenção do governo às famílias desalojadas por barragens.

Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) se reúnem na manhã desta quinta-feira (15) na Candelária, no Centro do Rio, em mais uma etapa de manifestações para pressionar o governo por mudanças no modelo energético e para cobrar mais atenção às famílias desalojadas pelos lagos.

Os manifestantes pretendem sair em passeata até o prédio da Agência Nacional de Petróleo, na Avenida Rio Branco, e seguir até a sede da Light, na Avenida Marechal Floriano, também no Centro.
Na quarta-feira (14), policiais militares do 2º BPM (Botafogo) foram chamados para a manifestação que o grupo fez em frente ao prédio de Furnas, na Rua Real Grandeza, em Botafogo, na Zona Sul. A manifestação fez parte da jornada nacional de lutas do MAB, que acontece em diversas capitais, de 13 a 15 de março.

O movimento tem como principais reivindicações a criação de uma política nacional que garanta os direitos dos atingidos por barragens; a criação de um órgão do governo para tratar dessa questão específica; e um fundo para esse grupo da sociedade.
Na terça-feira (13), integrantes do mesmo movimento ocuparam a sede da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em Recife, Pernambuco.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/03/movimento-dos-atingidos-por-barragens-protesta-no-centro-do-rio.html

 


08/08/2012 06h30 - Atualizado em 08/08/2012 06h30

Árvores doentes podem aumentar aquecimento global, diz pesquisa

Plantas estudadas tiveram 80 mil vezes mais metano do que nível normal.
Gás encontrado contribui para mudança climática e efeito estufa.

Do Globo Natureza, em São Paulo
1 comentário
Árvores doentes podem estar gerando metano, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global, segundo cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Eles pesquisaram 60 plantas na floresta de Yale Meyers, na região nordeste do estado de Connecticut, e encontraram concentrações do gás 80 mil vezes maiores do que o normal.
Em condições comuns, a presença do metano é de menos de duas partes por milhão na atmosfera. Nas partes ocas das árvores doentes, os pesquisadores encontraram níveis médios de 15 mil partes por milhão de metano no ar.
A pesquisa foi divulgada na revista "Geophysical Research Letters" ("Cartas de Pesquisa Geofísica", na tradução do inglês). A concentração do metano nas árvores doentes chega a ser inflamável, segundo o coordenador do estudo, Kristofer Covey, da Universidade de Yale.
O pesquisador aponta que as condições encontradas nas árvores são normais em vários locais de floresta no mundo, o que indica que os cientistas podem ter achado uma nova fonte de produção do metano "em escala global".
As árvores doentes têm um potencial de aquecimento global equivalente a 18% do carbono capturado pelas mesmas florestas, reduzindo o benefício climático que elas criariam em cerca de um quinto, segundo Covey.
"Se nós extrapolarmos o que foi encontrado [no estudo] para florestas em escala global, o metano produzido pelas árvores representaria 10% das emissões do mundo", afirmou Xuhui Lee, co-autor da pesquisa e professor de meteorologia em Yale. Ele reconhece que os cientistas "não sabiam da existência" deste processo de criação do metano.
Mais velhas
As árvores que produzem metano são mais velhas e doentes, com idade entre 80 e 100 anos. No caso da floresta de Yale, elas estão sendo afetadas por um fungo que cria condições favoráveis para a proliferação de microorganismos que fabricam o gás.
Ninguém havia pensado que a ideia de podridão causada por fungos, um problema comum em florestas, poderia estar ligado à produção de gases-estufa e ao aquecimento global, reforçam os cientistas.
Aquecimento global

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Atuação do Parlamento será fundamental para atingir objetivos da Rio+20

Atuação do Parlamento será fundamental para atingir objetivos da Rio+20

Na Câmara, vários projetos de lei tratam de temas que podem ajudar o Brasil a cumprir as metas estabelecidas na Rio+20.
Em junho deste ano, o Rio de Janeiro se transformou em palco do maior debate realizado até hoje sobre o desenvolvimento sustentável. Durante nove dias, mais de 45 mil pessoas de cerca de 190 países participaram da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, discutindo questões econômicas, sociais e, claro, ambientais.

No final da conferência mais de 100 chefes de estado aprovaram um documento final, chamado “O Futuro que Queremos”. O texto acabou deixando de fora temas polêmicos, como a criação de um fundo internacional para financiar a economia verde e a definição dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
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Ivan Valente: “O resultado do texto é uma grande carta de intenções.”
Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), o texto ficou muito fraco. “A falta dos principais líderes dos países poluidores e com elevado desenvolvimento econômico já era um sintoma do que seria o resultado final da Rio+20. Dos cinco grandes [países] que participam do Conselho de Segurança da ONU, só a França veio. Outros, como a Rússia, mandaram representantes. A primeira-ministra da Alemanha preferiu ver o jogo de futebol do que vir à Rio+20”, criticou Valente.
Mas, para o presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputado Márcio Macêdo (PT-SE), o documento foi um avanço. “É melhor um acordo possível do que não ter um acordo”, avaliou Macêdo lembrando que a quantidade de países envolvidos na discussão na Rio+20 tornou muito complexa a tarefa de se conseguir um acordo. “O maior legado que a Rio+20 pode trazer para o Brasil é o debate, a discussão e a popularização desse tema.”
O relator da Comissão de Mudanças Climáticas, senador Sérgio Souza (PMDB-PR), reconhece que o documento final da Rio+20 não teve a ousadia esperada por muitos, mas ainda assim acredita que o resultado foi um avanço. “A Rio+20 é um marco inicial, não um marco final. Ela deu o rumo que devemos seguir até a Rio+40.”
O senador ressalta que a implementação das metas assumidas na conferência é de responsabilidade do Executivo, mas lembra “o documento final da Rio+20 tem que ser inserido na legislação de cada país”. Ao Congresso Nacional, explica Souza, cabe não só votar os projetos que o Executivo enviará para adequar a legislação aos compromissos assumidos, mas ainda acompanhar o desempenho dos programas e a obtenção das metas.
O doutor em Ecologia Genebaldo Freire acredita que a Rio+20 obteve avanços inegáveis. “Para perceber a importância do que aconteceu, é preciso fazer uma comparação com o que houve em Estocolmo, em 1972, e o que vem acontecendo nesses últimos 40 anos. Sempre há avanços e retrocessos, eu não conheço nenhum outro grande encontro que envolva tantas pessoas de diferentes países em que tudo tenha sido sucesso.”
“O que eu lamento nesses encontros é não considerar a dimensão do crescimento populacional. Nós estamos colocando 75 milhões de pessoas, no planeta a cada ano. Isso dá em média 8.600 pessoas por minutos, isso é sustentável e esse tema tem sido sistematicamente evitado nesses encontros”, criticou o especialista.
Conta da agricultura
O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) acredita que é possível produzir respeitando o meio ambiente, mas reclama que a conta fica só com o produtor. “A área que vai ficar inativa é dele [do produtor], ele vai beneficiar a sociedade inteira, mas pagando a conta. Temos que pensar também na urbanização da área urbana. Todos precisam colaborar.”
“O setor rural é o grande responsável pelo saldo hoje da nossa balança de exportação, alimento na mesa de todos os brasileiros a preços bons com produtos de qualidade. Mas de repente o homem na área rural virou o grande predador brasileiro”, critica Marquezelli.
Para o líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), no entanto, quem tem mais poder econômico tem que ter mais obrigações.
Participação popular
O deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que participou dos debates no Rio de Janeiro, reconhece a importância do Parlamento para se atingir as metas propostas pela conferência, mas afirma que o papel principal na busca pelo desenvolvimento sustentável cabe à sociedade.
“O papel que a Câmara tem em dar continuidade ao que foi discutido na Rio+20 é exatamente deixar que a sociedade se aproprie desse tema, que ela direcione o debate. Quanto mais a sociedade se apropriar do tema ‘economia sustentável’, mais fácil de a gente poder produzir legislação que possa facilitar esse desenvolvimento.”
Beto Oliveira
Sarney Filho
Sarney Filho: o protagonismo da defesa da sustentabilidade está nas mãos da sociedade.
O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), também ressalta a participação da sociedade na conferência. “Nós tivemos duas Rio+20: a oficial - de chefes de estado - e a da sociedade – envolvendo ONGs, empresários, trabalhadores, indígenas.”“Na Rio+20 oficial nós tivemos um resultado frustrante. Não saímos de lá, como esperávamos, pensando que haveria uma governança global para implementar uma radical mudança na produção, no consumo. Por outro lado, ficou comprovado que o protagonismo da defesa da sustentabilidade está nas mãos da sociedade”, afirmou Sarney Filho. Ele reconhece que o documento final da conferência é genérico porque é fruto da diversidade de interesses envolvidos na discussão e da necessidade de se chegar a um consenso, mas afirma que, efetivamente, os avanços foram conseguidos pela sociedade. “A C40 – órgão que reúne em torno de 74 cidades do mundo – resolveu criar uma meta de redução de emissões [de gases de efeito estufa]; algumas das maiores bolsas de valores do mundo aceitaram fazer a contabilidade ambiental nas suas empresas; o banco Mundial disponibilizou quase 3 bilhões de dólares para financiar projetos de mobilidade urbana com combustíveis não fósseis”, enumera Sarney Filho. “São as ‘forças vivas’ da sociedade que vão levar os governos a se modificarem”, aposta o deputado.Reportagem – Paula Bittar/TV Câmara
Edição – Natalia Doederlein

Um dos temas discutidos na Rio +20

'Emergentes têm de se unir pelas economias verdes', diz secretário-geral da Rio+20

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK
Um tema chave da Rio+20 é a economia verde, mas não há consenso sobre o conceito.
A economia verde inclui baixo carbono, mas vai além. Economias verdes têm de ser consideradas no contexto mais amplo do desenvolvimento sustentável. Esforços para erradicar a pobreza são ferramentas para isso.
É importante que cada país tenha espaço político para definir e perseguir o seu próprio caminho para uma economia verde. Mas há coisas que nós, como comunidade internacional, precisamos fazer juntos para nos colocar no caminho do desenvolvimento sustentável.
Economias verdes podem proporcionar muitos benefícios. Implementadas corretamente e acompanhadas pelas políticas sociais apropriadas, uma economia verde poderia proporcionar empregos decentes para as pessoas de diferentes níveis de renda e habilidade, principalmente para os pobres e desempregados.
E as economias verdes definitivamente exigem adoção de padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
Durante as negociações, há consenso de que as economias verdes não devem criar barreiras comerciais ou condicionalidade da ajuda.
 http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1099353-emergentes-tem-de-se-unir-pelas-economias-verdes-diz-secretario-geral-da-rio20.shtml


 

Os 40 anos do programa Landsat

Paulo André Vieira 19 de Agosto de 2012 A Terra é monitorada pelo programa Landsat desde julho de 1972, produzindo imagens de satélite que fornecem importantes recursos para a compreensão de nosso planeta. Sete satélites já fizeram parte do programa, mas apenas seis conseguiram chegar até a órbita do planeta. Atualmente dois satélites, os Landsat 5 e 7, estão em operação, e outro deve ser lançado em 2013. Abaixo podemos ver uma seleção de algumas das melhores imagens feitas pelo programa ao longo de seus 40 anos. O material foi divulgado pelo Observatório da Terra, cuja missão é compartilhar com o público as imagens, histórias e descobertas sobre o clima e o ambiente que surgem a partir de pesquisas da NASA.
Nesta imagem é possível ver os terríveis efeitos do desmatamento no estado de Rondônia. A imagem da esquerda é de 1972, e mostra a floresta praticamente intacta. Na imagem da direita, feita em 2012, os impactos do desmatamento são claramente visiveis.
A primeira imagem em alta resolução, tridimensional e em cores verdadeiras feita da Antártida foi construída a partir de mais de 1.100 imagens do satélite Landsat 7 adquiridas entre 1999 and 2001. Foram precisos anos de trabalho até a divulgação da imagem final em 2007.
O programa Landsat registrou a devastação ambiental causada pela Guerra do Golfo em 2001, quando mais de 650 poços de petróleo foram incendiados no Kuwait. Eles ficaram em chamas por 10 meses, e foram necessários 11.450 trabalhadores de 38 diferentes países para apagar todos os incêndios.
O programa Landsat foi testemunha das inovações técnológicas no campo. Em 1972 o interior do estado norte-americano do Kansas era dominado pelos tradicionais campos retangulares, que dependiam da chuva para serem irrigados. Em 2012 as técnicas de irrigação modernas fazem com que o visual mude radicalmente.
As linhas de fronteiras entre países normalmente só podem ser vistas nos mapas escolares, mas a realidade política e econômica as vezes fica bem clara quando observada do espaço. Esta imagem de 1988 da fronteira entre o México e a Guatemala mostra o desmatamento do lado mexicano, e foi a responsável pelo início das discussões entre os presidentes dos dois países que levaram à cooperação para a preservação das florestas.
Em 1988 um gigantesco incêndio florestal destruiu mais de 3.000 km2 do Parque Nacional de Yellowstone. A área em vermelho mostra a cicatriz causada pelas chamas. Incêndios de grandes proporções como este costumam ocorrer em intervalos de 100 a 300 anos, e são importantes para devolver os nutrientes ao solo das regiões montanhosas. Mas estudos recentes apontam que as mudanças climáticas podem diminuir o intervalo entre esses incêndios, o que poderia levar a uma alteração completa do tipo de vegetação daquela região até 2050.
Pequim é a segunda maior cidade da República Popular da China, e uma das mais antigas do mundo. Nas últimas quatro décadas cresceu para se tornar uma das cidades mais densamente populadas do planeta. Na imagem da esquerda, feita em 1978, a população da cidade era de aproximadamente 7,9 milhões de pessoas. A Pequim de 2011, na direita, explodiu para mais de 12 milhões de habitantes.
O desmatamento na região de Madre de Dios, na Amazônia Peruana, cresceu assustadoramente nos últimos 7 anos. Em 2011 as imagens feitas pelo Landsat 5 chamaram a atenção da comunidade científica, que ao investigar a região encontrou não apenas a devastação causada pelo desmatamento, mas também indícios do envenenamento por mercúrio da população e da vida selvagem. ((o))eco, mais rápido que os satélites, já havia estado por lá em 2010, relatando todo o impacto causado pela mineração. http://www.oeco.com.br/geonoticias/26359-os-40-anos-do-programa-landsat

domingo, 26 de agosto de 2012

imagem aquecimento global

http://dicasgratisnanet.blogspot.com.br/2012/05/aquecimento-global-e-efeito-estufa.html
O que é sustentabilidade?

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

Lei Ambiental em São Paulo

A Lei do Clima, uma lei ambiental municipal de São Paulo recentemente aprovada, previa, entre outras ações, que, a cada ano, 10% da frota de ônibus passasse a utilizar biocombustíveis (etanol ou biodiesel) em substituição aos movidos a combustíveis fósseis. No entanto, os novos ônibus adquiridos pela Prefeitura, desde então, continuam sendo movidos a diesel, (Folha de S. Paulo, 16/06/2010, p.C1), o que afeta o meio ambiente e a sociedade de diferentes formas.Consequências da queima de combustíveis fósseis:chuva ácida,efeito estufa,poluição atmosférica e doenças respiratórias.

imagem

sustentabilidade-vídeos

Vídeo - sustentabilidade

sábado, 25 de agosto de 2012

Reflita...


Biocombustíveis-Salvando o futuro


Biocombustíveis Energia Verde- Petrobras


Globo Ecologia Parte 1 Aquecimento Global


Guardiões da floresta: Índios colombianos gerem suas terras

Junto com a delegação de índígenas da Colômbia, Roberto Noreña (4º da esquerda para a direita) participa de mesa de debates na Rio+20. Foto: Vincent Brackelaire
Um grupo de cinco indígenas colombianos da região amazônica foi à Rio+20 para defender seu papel de “guardiões da selva” e afirmar que eles, também, podem dar sua parcela de contribuição na preservação da floresta e no resguardo da biodiversidade. No grupo, estava Roberto Marina Noreña, 46 anos, da etnia barasano, que saiu da terra onde vive na divisa dos estados Vaupés e Amazonas, sudeste da Colômbia, e viajou durante sete horas de avião, até o Rio de Janeiro, para participar da conferência e mostrar a experiência de seu povo no manejo sustentável.

Os barasanos vivem no Rio Pirá Paraná e tem a gestão legal de seu território desde 1991, ano da nova Constituição colombiana, que incluiu os direitos dos povos indígenas de gerir seus territórios. A Colômbia se destacou na região por conceder, há 21 anos, pelo então presidente Virgilio Barco,a entrega aos povos indígenas da Amazônia dos títulos de propriedade sobre 20 milhões de hectares.

Hoje, metade do território colombiano é coberto por florestas. E os indígenas, que representam apenas 2% da população colombiana, detêm 30% das áreas verdes. “Somos originários desse lugar. Foi uma conquista que o Estado colombiano reconheceu. Temos, hoje, o nosso direito de igualdade como qualquer pessoa do país. Culturalmente, nossos ancestrais deixaram toda a política necessária para bem administrar os recursos do meio ambiente”, disse Roberto Noreña.

O indígena barasano foi à Rio+20 representando a Associação de Capitães e Autoridades Tradicionais Indígenas do rio Pirá Paraná (ACAIPI), que desenvolveu um plano de salvaguarda da manifestação Hee Yaia Kéti Oka (Jaguares do Yurupari), o conhecimento tradicional para o manejo do mundo dos grupos indígenas do rio Pirá Paraná. “Para garantir nossa existência, temos um manejo de cultivo típico, um sistema de conhecimento e, dessa forma, temos a política de sustentabilidade”, explicou.

Somente a associação ACAIPI reúne 17 comunidades indígenas e 39 malocas tradicionais, com uma população de 2.500 pessoas, que vivem em uma área de 4.500 quilômetros quadrados.

Mapa que mostra as regiões indígenas da Amazônia colombiana. Clique para ampliar. (Fonte: Fundacion Gaia)
Noreña admitiu que o diálogo inicial com as autoridades foi difícil. “No início, desconfiavam que nós não seríamos capazes de assumir essa descentralização administrativa. Mas sempre fomos pacíficos, responsáveis e enfrentamos as barreiras com calma”.

A experiência dos barasanos e de outros, como os piapoco e os curipaco do rio Negro, os tanimuka e letuama dos rios Wakaya e Oiyaca, foi reunida na publicação “Guardiões da Selva – Governabilidade e autonomia na Amazônia Colombiana”, em espanhol, lançada na Rio+20 pela Consolidação Amazônica (COAMA) em parceria com o programa de bosques tropicais da União Europeia.

Para o antropólogo Martin Von Hildebrand, da Fundação Gaia Amazonas e coordenador da COAMA, ainda que restrita ao território colombiano, que ocupa 7% do total da Amazônia, esta experiência começa a dar frutos. Ele defende a necessidade de trabalhar em parceria com os povos indígenas para preservar a floresta.

“O nordeste da bacia amazônica ainda é uma região desconhecida e bem conservada pelos povos indígenas, uma área com alta biodiversidade. Eles são povos que já estavam aqui antes dos europeus, são culturas tão antigas e diferentes, e não destruíram o planeta como nós. Eles têm muito a oferecer”, disse Von Hildebrand. “Eles dão uma enorme contribuição ao conhecimento da medicina, alimentação e proteção ao meio ambiente. Há coisas que os indígenas entendem e que a ciência ainda não pode medir”.

Somente na Colômbia, existem 85 etnias indígenas e 68 línguas distintas e, segundo a COAMA, 95% dos povos detêm hoje o direito legal de gerir suas terras.
Aquecimento Global

A aceleração do degelo na calota polar da Groenlândia duplicou nos últimos 25 anos
A aceleração do degelo na calota polar da Groenlândia duplicou nos últimos 25 anos

O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.



Consequências do Aquecimento Global

As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno.

No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.



Efeito de Estufa

O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.



O Degelo provocado pelas Alterações Climáticas

Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja atingida, o principal é os Estados Unidos.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.


Por Wagner de Cerqueira e Franscisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Expansão de florestas no Ártico pode acelerar aquecimento

Plantas liberam mais carbono do que são capazes de capturar, diz estudo

Tundra
Solo da tundra possui muita matéria orgânica estocada, dizem pesquisadores (Thinkstock)
Ao contrário do que se pensava, a expansão de florestas na região do Ártico pode liberar mais carbono na atmosfera, agravando os efeitos do aquecimento global. Isso acontece porque as novas plantas aceleram a decomposição de matéria orgânica no solo, liberando mais dióxido de carbono do que podem capturar do ar.

Saiba mais

TUNDRA ÁRTICA
Vegetação presente nas regiões árticas, como o norte da Rússia, Canadá e Suécia. Como a região é muito fria e recebe pouca luz e chuva, a vegetação não consegue se desenvolver, sendo restrita a musgos, liquens e pequenos arbustos.
FLORESTA DE BÉTULAS
As bétulas são árvores de tamanho pequeno ou médio, que se localizam em regiões temperadas. Elas são conhecidas como espécies pioneiras, por colonizar rapidamente outras áreas. As florestas de bétulas têm aumentado de tamanho nas últimas décadas, principalmente em áreas montanhosas da Noruega, a Suécia e a Finlândia.
Com o aumento das temperaturas, os cientistas têm constatado uma mudança na vegetação da região da tundra ártica, no norte da Europa. A paisagem antes dominada por pequenos arbustos e musgos agora também comporta cada vez mais florestas.
Até hoje, os cientistas pensavam que isso pode ser uma boa notícia: o crescimento de florestas aumentaria a quantidade de carbono armazenado em plantas da região e diminuiria sua concentração na atmosfera. Mas uma nova pesquisa publicada na revista Nature Climate Change mostra que essas novas plantas podem, na verdade, liberar grandes quantidades de carbono armazenadas no solo da tundra, piorando os efeitos do aquecimento global.
A pesquisa foi feita no norte da Suécia, onde os cientistas analisaram os estoques de carbono em uma tundra e uma floresta de bétulas, vegetação que tem aumentado na região nas últimas décadas.
Ao comparar os resultados, eles descobriram que a floresta de bétulas era capaz de armazenar até duas vezes mais carbono em suas árvores que a tundra. No entanto, isso não compensava os baixos estoques de carbono em seu solo. “Isso acontece porque o solo da tundra possui muita matéria orgânica estocada, por causa de sua lenta decomposição”, diz Gareth Phoenix, colaborador do estudo.

Aquecimento global

Aquecimento global

Descobridor do buraco na camada de ozônio diz que eventos climáticos extremos são causados pelo homem

Ganhador do prêmio Nobel de Química em 1995, o mexicano Mario Molina propõe que aquecimento global seja combatido com tratado semelhante ao que combateu o uso de gás CFC nos anos 80

O cientista Mario J. Molina, que recebeu o prêmio Nobel em 1995
O cientista Mario J. Molina, que recebeu o prêmio Nobel em 1995 (Reprodução)
Seca nos EUA, nevascas intensas na Europa, enchentes na Austrália. Segundo o cientista Mario J. Molina, que recebeu o prêmio Nobel de Química em 1995, junto com Paul Crutzen e Sherwood Rowland, por seu papel na identificação do buraco na camada de ozônio, afirmou que existem evidências crescentes de que esses e outros eventos climáticos atípicos dos últimos anos estejam sendo provocados pela atividade humana e pelo aquecimento global.  
"As pessoas podem não estar a par das importantes mudanças que ocorreram no entendimento cientifico dos eventos climáticos que estão no noticiário. Eles agora têm uma ligação mais clara com atividades humanas como a liberação de monóxido de carbono que ocorre durante a queima de carvão e de outros combustíveis fósseis", disse Molina. As declarações foram feitas em discurso durante o 244° encontro da American Chemical Society, que reúne nesta semana 14.000 cientistas na Filadélfia (EUA).
Molina, que desempenhou um papel fundamental na identificação do papel do composto CFC  (clorofluorocarbono) na redução da camada de ozônio, disse que a luta para alertar o público e conscientizar a indústria sobre os riscos do aquecimento global é muito mais difícil do que a travada para salvar a camada de ozônio.
"As mudanças climáticas são um tema bem mais amplo. Combustíveis fósseis, que são o centro do problema, são muito importantes para a economia, e afetam muitas outras atividades. Isso faz com que as mudanças climáticas sejam muito mais difíceis de lidar que a questão do ozônio", disse.
Descrédito inicial — Em 1974, Molina e seu colega F. Sherwood Rowland alertaram a comunidade científica de que as substâncias conhecidas como CFC, presentes em aerossóis e em outros produtos, tinham o poder de destruir a camada de ozônio, que funciona como um "escudo protetor" na atmosfera, bloqueando raios solares ultravioletas potencialmente perigosos.
Os alertas inicialmente foram recebidos com desdém pelas indústrias que produziam o composto. Empresas como a DuPont afirmaram inicialmente que não havia provas científicas sobre os males provocados pelo CFC, e também fizeram previsões sombrias sobre os impactos econômicos que o fim da produção do composto poderia provocar.
Segundo Molina, mesmo que a indústria tenha inicialmente tentado desacreditar os estudos sobre CFC, o tema era bem menos explosivo que o aquecimento global, que, em sua opinião, se tornou um tema dominado pela política e por posições polarizadoras. Apesar dessas diferenças, o cientista propõe que o problema seja enfrentado com um acordo internacional semelhante ao que regulamentou a produção do CFC, que ficou conhecido como Protocolo de Montreal.

Saiba mais

PROTOCOLO DE MONTREAL
Em 1987, entrou em vigor o Protocolo de Montreal, que estabeleceu metas para a substituição e eventual eliminação do CFC e de outras substâncias que afetam a camada de ozônio. Considerado um dos tratados internacionais mais bem sucedidos da história, foi ratificado por 197 países.
"O novo acordo deve estabelecer um preço para a emissão de gases do efeito estufa, algo que fará com que seja economicamente mais favorável para os países fazerem a coisa certa. O custo para a sociedade persistir nisso será menor do que o custo dos danos climáticos caso a sociedade não faça nada”.
Não há certeza absoluta — Molina disse que mesmo que não exista "certeza absoluta" de que o aquecimento global está causando eventos climáticos extremos, os efeitos de tempestades, secas e outros eventos pode ser "benéficos" para  fazer com que o público se conscientize sobre o aquecimento global e a necessidade de se fazer algo.
"É importante que as pessoas estejam fazendo mais do que só escutando sobre o aquecimento global. Elas talvez estejam sentido, sofrendo o impacto da alta nos preços dos alimentos, tendo uma ideia de como pode ser o dia a dia no futuro se a sociedade não tomar alguma providência", disse Molina.
O cientista também afirmou que não é certo o que vai acontecer com a Terra caso nada seja feito para reduzir ou deter as mudanças climáticas.
"Mas não há dúvida de que o risco é enorme, e que nós podemos ter algumas consequências devastadoras, especialmente para alguns extratos da sociedade. Não é muito provável, mas existe alguma possibilidade de que aconteçam catástrofes."

Vida marinha

Cientistas propõem 'guarda-chuvas' e 'choques elétricos' para salvar espécies marinhas   

Grupo formado por americanos e australianos alerta para "massacre" de espécies marinhas se níveis de CO2 nos mares continuarem a aumentar

Jean-Philip Struck
Grande barreira de corais na Austrália
A grande barreira de corais na Austrália,que está ameaçada pelo aumento da acidez dos oceanos (Thinkstock)
Um grupo de cientistas americanos e australianos sugeriu soluções ousadas para reverter a destruição de ecossistemas marinhos ameaçados pela crescente acidez dos oceanos. Como forma de minimizar os impactos das mudanças climáticas e salvar espécies marinhas, em especial os corais, eles propõem a instalação de guarda-chuvas subaquáticos, "tratamentos de choque" e lançamento de substâncias básicas para combater a acidez da água.
As propostas foram publicadas em um artigo na versão on-line da revista Nature Climate Change. O artigo é assinado pelos cientistas Greg Rau, ligado à Univerisade da Califórnia (EUA), e Elizabeth McLeod, da ONG Nature Conservancy, e Ove Hoegh-Guldberg, da universidade de Queensland (Austrália). Os dados utilizados são do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC) e da União Europeia de Geociências.
Segundo o grupo, a crescente acidez dos oceanos é causada pela concentração de dióxido de carbono (CO2), que vem aumentando na atmosfera e tem impacto direto na vida marinha. Parte dele é absorvida, aumentando a temperatura e o nível de acidez das águas.
Soluções excêntricas — O artigo afirma que as atuais políticas de preservação da vida marinha, que favorecem a redução dos níveis atmosféricos de CO2, e o monitoramento de reações físicas e químicas das espécies são insuficientes para combater as mudanças nos oceanos.
Segundo os cientistas, corais fragilizados poderiam ser protegidos da intensidade do Sol sendo cobertos com panos de sombra, como os que já são utilizados na agricultura.
Outra ideia é o tratamento de choque, que utiliza uma corrente elétrica em estruturas metálicas submersas. Eletrificadas, elas fazem com que os minerais dissolvidos na água se cristalizem, formando calcário branco e criando colônias para ostras e corais.
O estudo também sugere a adição de silicatos e outras substâncias químicas básicas na água, como meio de reduzir o PH do meio. Por fim, os cientistas propõem que os corais passem por uma seleção semelhante àquela que agricultores fazem com sementes. Os mais resistentes seriam escolhidos e criados para serem introduzidos nas áreas atingidas. 

Opinião do especialista

Augusto FloresProfessor de biologia marinha da USP

"Só cortar as emissões de CO2 não é mesmo suficiente, já que os níveis de concentração ainda demorariam anos para baixar, mas é difícil dizer que técnicas como ‘guarda-chuvas’ e silicatos possam ajudar, já que isso nunca foi testado em grande escala."

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A outra Face da Rio +20

Resultado da conferência que escreveria "o futuro que nós queremos" é tímido. E o Brasil por pouco não entra para a história como líder de um documento criticado até pelo secretário-geral da ONU


Vários grupos e ativistas tomaram conta da Av. Rio Branco nesta quarta-feira (20/06), para manifestar contra as ações da Rio+20Visitante no espaço Humanidades 2012 na Rio+20, no Rio de Janeiro
 http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/a-sociedade-civil-mostra-suas-caras-na-rio-20
 A face ainda mais visível do ativismo ambiental é a dos ingênuos bem-intencionados. Mas os eventos paralelos à conferência mostraram um retrato bem mais animador
                                                                                                 

Commodities verde no Brasil

Bolsa Verde do Rio vai negociar ativos ambientais neste semestre

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DENISE MENCHEN
DO RIO
A primeira Bolsa para a negociação de ativos ambientais do Brasil entra em operação neste semestre.
Batizada de BVRio (Bolsa Verde do Rio), ela quer atrair proprietários rurais e empresários com a comercialização de créditos que os ajudem a cumprir a lei ambiental.
Editoria de Arte
Bolsa verde
Bolsa verde
Em vez de ações de empresas, a BVRio vai negociar cotas de reserva legal florestal, certificados de emissão de gases do efeito estufa e créditos de carbono. Cada um tem uma finalidade específica.
No caso dos créditos de reserva legal, a ideia é que o proprietário rural que conservou uma área de vegetação nativa maior do que a estipulada pelo Código Florestal possa "vender" o excedente a quem desmatou além do limite, desde que as propriedades tenham o mesmo bioma.
O mecanismo permite que proprietários com áreas de produção já consolidadas saiam da ilegalidade sem necessariamente ter que reflorestar suas terras. Ao mesmo tempo, premia quem optou por manter a vegetação.
"Isso não adiciona novas árvores, mas consolida áreas de conservação", diz o presidente-executivo da BVRio, Pedro Moura Costa.
Uma vez na Bolsa, o proprietário terá suas terras monitoradas por satélite para que não desmate a área após a venda dos créditos.
Atualmente, a BVRio realiza o cadastramento de intenções de compra e venda de créditos de reserva legal para ter uma noção do potencial do mercado e do preço. O objetivo é dar início às transações no quarto trimestre.
A negociação de certificados de emissão de gases do efeito estufa, porém, ainda depende de decreto do governador do Rio, Sérgio Cabral, que estipule metas de redução das emissões para a indústria do Estado.
Com a regulamentação, cada empresa vai receber uma quantidade específica de certificados, que funcionam como licenças para emitir, de acordo com a capacidade e o custo de redução das emissões de cada setor.
Assim, uma empresa que tiver mais dificuldade para cumprir suas metas poderá adquirir os certificados de outras que superarem as suas.
Outra opção será comprar créditos de carbono gerados por projetos em áreas como reflorestamento e tratamento de resíduos sólidos.
BOVESPA
Desde 2007, a Bovespa já comercializa créditos de carbono. A negociação é feita em leilões específicos.
No último, em junho, o volume de negócios foi de R$ 4,5 milhões. A Mercuria Energy Trading, de Genebra, adquiriu créditos obtidos pela Prefeitura de São Paulo com projeto de geração de energia a partir de gases de aterro sanitário.
+ Canais
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1128202-bolsa-verde-do-rio-vai-negociar-ativos-ambientais-neste-semestre.shtml

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

ANEXO DECLARAÇÃO DO RIO DE JANEIRO SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

A Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Tendo-se reunido no Rio de Janeiro de 03 a 14 de junho de 1992, Reafirmando a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano, aprovada em Estocolmo em 16 de junho de 1972, e tratando de basear-se nela, Com o objetivo de estabelecer uma aliança mundial nova e equitativa mediante a criação de novos níveis de cooperação entre os Estados, os setores chave das sociedades e as pessoas, Procurando alcançar acordos internacionais em que se respeitem os interesses de todos e se proteja a integridade do sistema ambiental e de desenvolvimento mundial, Reconhecendo a natureza integral e interdependente da Terra, nosso lugar, Proclama que: PRINCÍPIO 1 Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a Natureza. PRINCÍPIO 2 Os Estados, de conformidade com a Carta das Nações Unidas e os princípios da lei Internacional, possuem o direito soberano de explorar seus próprios recursos segundo suas próprias políticas ambientais e de desenvolvimento, e a responsabilidade de velar para que as atividades realizadas dentro de sua jurisdição ou sob seu controle não causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou de zonas que estejam fora dos limites da jurisdição nacional. PRINCÍPIO 3 O direito ao desenvolvimento deve exercer-se de forma tal que responda eqüitativamente às necessidades de desenvolvimento e ambientais das gerações presentes e futuras. PRINCÍPIO 4 A fim de alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente deverá constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e não poderá considerar-se de forma isolada. PRINCÍPIO 5 Todos os Estados e todas as pessoas deverão cooperar na tarefa essencial de erradicar a pobreza como requisito indispensável do desenvolvimento sustentável, a fim de reduzir as disparidades nos níveis de vida e responder melhor às necessidades da maioria dos povos do mundo. PRINCÍPIO 6 A situação e as necessidades especiais dos países em desenvolvimento, em particular os países menos adiantados e os mais vulneráveis do ponto de viste ambiental, deverão receber prioridade especial. Nas medidas internacionais que se adotem com respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento também se deveriam ter em conta os interesses e as necessidades de todos os países. PRINCÍPIO 7 Os Estados deverão cooperar com o espírito de solidariedade mundial para conservar, proteger e restabelecer a saúde e a integridade do ecossistema da Terra. Tendo em vista que tenham contribuído notadamente para a degradação do meio ambiente mundial, os Estados têm responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Os países desenvolvidos reconhecem a responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentável, em vista das pressões que suas sociedades exercem no meio ambiente mundial e das tecnologias e dos recursos financeiros de que dispõem. PRINCÍPIO 8 Para alcançar o desenvolvimento sustentável e uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas, os Estados deveriam reduzir e eliminar os sistemas de produção e consumo não sustentados e fomentar políticas demográficas apropriadas. PRINCÍPIO 9 Os Estados deveriam cooperar para reforçar a criação de capacidades endógenas para obter um desenvolvimento sustentável, aumentando o saber científico mediante o intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos, intensificando o desenvolvimento, a adaptação, a difusão e a transferência de tecnologias, entre estas, tecnologias novas e inovadoras. PRINCÍPIO 10 O melhor modo de tratar as questões ambientais é com a participação de todos os cidadãos interessados, em vários níveis. No plano nacional, toda pessoa deverá ter acesso adequado à informação sobre o ambiente de que dispõem as autoridades públicas, incluída a informação sobre os materiais e as atividades que oferecem perigo em suas comunidades, assim como a oportunidade de participar dos processos de adoção de decisões. Os Estados deverão facilitar e fomentar a sensibilização e a participação do público, colocando a informação à disposição de todos. Deverá ser proporcionado acesso efetivo aos procedimentos judiciais e administrativos, entre os quais o ressarcimento de danos e os recursos pertinentes. PRINCÍPIO 11 Os Estados deverão promulgar leis eficazes sobre o meio ambiente. As normas ambientais, e os objetivos e prioridades em matérias de regulamentação do meio ambiente, deveriam refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento às quais se aplicam. As normas por alguns países podem resultar inadequadas e representar um custo social e econômico injustificado para outro países em particular os países em desenvolvimento. PRINCÍPIO 12 Os Estados deveriam cooperar para promover um sistema econômico internacional favorável e aberto que levará ao crescimento econômico e ao desenvolvimento sustentável de todos os países, a fim de abordar de forma melhor os problemas de degradação ambiental. As medidas de política comercial para fins ambientais não deveriam constituir um meio de discriminação arbitrária ou injustificável nem um restrição velada do comércio internacional. Deveriam ser evitadas medidas unilaterais para solucionar os problemas ambientais que se produzem fora da jurisdição do país importador. As medidas destinadas a tratar os problemas ambientais transfronteiriços ou mundiais deveriam, na medida do possível, basear-se em um consenso internacional. PRINCÍPIO 13 Os Estados deverão desenvolver a legislação nacional relativa à responsabilidade e à indenização referente às vitimas da contaminação e outros danos ambientais. Os Estados deverão cooperar de maneira inteligente e mais decidida no preparo de novas leis internacionais sobre responsabilidade e indenização pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados pelas atividades realizadas dentro de sua jurisdição, ou sob seu controle, em zonas situadas fora de sua jurisdição. PRINCÍPIO 14 Os Estados deveriam cooperar efetivamente para desestimular ou evitar o deslocamento e a transferência a outros Estados de quaisquer atividades e substâncias que causem degradação ambiental grave ou se considerem noceivas à saúde humana. PRINCÍPIO 15 Com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados deverão aplicar amplamente o critério de precaução conforme suas capacidades. Quando houver perigo de dano grave ou irreversível, a falta de certeza científica absoluta não deverá ser utilizada como razão para se adiar a adoção de medidas eficazes em função dos custos para impedir a degradação do meio ambiente. PRINCÍPIO 16 As autoridades nacionais deveriam procurar fomentar a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em conta o critério de que o que contamina deveria, em princípio, arcar com os custos da contaminação, tendo devidamente em conta o interesse público e sem distorcer o comércio nem as inversões internacionais. PRINCÍPIO 17 Deverá empreender-se uma avaliação do impacto ambiental, em termos de instrumento nacional, a despeito de qualquer atividade proposta que provavelmente produza um impacto negativo considerável no meio ambiente e que esteja sujeito à decisão de uma autoridade nacional competente. PRINCÍPIO 18 Os Estados deverão notificar imediatamente os outros Estados sobre os desastres naturais e outras situações de emergência que possam produzir efeitos nocivos súbitos no meio ambiente desses Estados. A comunidade internacional deverá fazer todo o possível para ajudar os Estados que sejam afetados. PRINCÍPIOS 19 Os Estados deverão proporcionar a informação pertinente e notificar previamente e de forma oportuna os Estados que possam se ver afetados por atividades passíveis de ter consideráveis efeitos ambientais nocivos transfronteiriços, e deverão celebrar consultas com estes Estados em data antecipada. PRINCÍPIO 20 As mulheres desempenham um papel fundamental na ordenação do meio ambiente e no desenvolvimento. É, portanto, imprescindível contar com sua plena participação para chegar ao desenvolvimento sustentável. PRINCÍPIO 21 Devem ser mobilizados a criatividade, os ideais e o valor dos jovens do mundo para forjar uma aliança mundial orientada para obter o desenvolvimento sustentável e assegurar um futuro melhor para todos. PRINCÍPIO 22 Os povos indígenas e suas comunidades, assim como outras comunidades locais, desempenham um papel fundamental na ordenação do meio ambiente e no desenvolvimento devido a seus conhecimentos e práticas tradicionais. Os Estados deveriam reconhecer e prestar o apoio devido a sua identidade, cultura e interesses e velar pelos que participarão efetivamente na obtenção do desenvolvimento sustentável. PRINCÍPIO 23 Devem proteger-se o meio ambiente e os recursos naturais dos povos submetidos à opressão, dominação e ocupação. PRINCÍPIO 24 A guerra é, por definição, inimiga do desenvolvimento sustentável. Em conseqüência, os Estados deverão respeitar o direito internacional proporcionando proteção ao meio ambiente em épocas de conflito armado, e cooperar para seu posterior melhoramento, conforme for necessário. PRINCÍPIO 25 A paz, o desenvolvimento e a proteção do meio ambiente são interdependentes e inseparáveis. PRINCÍPIO 26 Os Estados deverão resolver todas as suas controvérsias sobre o meio ambiente por meios pacíficos e com a coordenação da Carta das Nações Unidas. PRINCÍPIO 27 Os Estados e os povos deveriam cooperar de boa fé e com espírito de solidariedade na aplicação dos princípios consagrados nesta declaração e no posterior desenvolvimento do direito internacional na esfera do desenvolvimento sustentável. http://www.ecolnews.com.br/agenda21/

Apresentação Agenda 21

Apresentação A Agenda 21 é um programa de ação, baseado num documento de 40 capítulos, que constitui a mais ousada e abrangente tentativa já realizada de promover, em escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Trata-se de um documento consensual para o qual contribuíram governos e instituições da sociedade civil de 179 países num processo preparatório que durou dois anos e culminou com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992, no Rio de Janeiro, também conhecida por ECO-92. Além da Agenda 21, resultaram desse processo cinco outros acordos: a Declaração do Rio, a Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas, o Convênio sobre a Diversidade Biológica e a Convenção sobre Mudanças Climáticas. http://www.ecolnews.com.br/agenda21/

charge biocombustíveis

Contribuição Ivone Aparecida da Costa

domingo, 19 de agosto de 2012

Gestão das Emissões de Gases de Efeito Estufa

O Comitê Nacional de Organização finalizou o inventário pré-conferência (ex ante) sobre as emissões de gases de efeito estufa (GEE) da Rio+20. A elaboração desse inventário se baseou na posição oficial brasileira nos debates internacionais sobre mudança do clima, seguindo padrões cientificamente robustos e metodologias internacionalmente reconhecidas, respeitando as características nacionais. Esse trabalho foi complementado por nova avaliação, realizada após o término do evento (estimativa ex post). Os dois inventários incluem fontes de energia elétrica, combustíveis utilizados nos principais espaços oficiais da Conferência e nos veículos terrestres oficiais, disposição de resíduos e viagens aéreas dos delegados credenciados e do Secretariado das Nações Unidas. A estratégia de compensação de emissões decorrentes da organização da Conferência Rio+20, no período de sua realização, foi feita por meio de Reduções Certificadas de Emissão (RCEs), oriundas de projetos brasileiros do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), doadas por empresas brasileiras. O Comitê Nacional de Organização possui créditos de carbono necessários para a compensação das emissões associadas à organização da Conferência. De forma a contribuir para viabilizar a compensação das emissões de viagens aéreas de delegados credenciados, o Governo brasileiro criou, em parceria com a Caixa Econômica Federal e PNUD Brasil, uma ferramenta digital que possibilitará aos participantes calcular suas emissões de GEE com viagens aéreas e comprar Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) para compensá-las. O Governo brasileiro encorajou todos os participantes a compensar voluntariamente suas emissões decorrentes de transporte aéreo usando RCEs provenientes de projetos brasileiros do MDL. NUVEM DE TAGS Rio+20 Rio de Janeiro Sustentabilidade Propostas brasileiras Voluntariado Responsabilidade Social Amazônia Fontes renováveis Países desenvolvidos Protocolo de Quioto Kyoto Protocol Desenvolvimento Sustentável Estados Membros Países emergentes Mudanças Globais Temas Documentos Logomarca Economia Verde Conferencia CNO Rio+20 Sociedade Civil BRICS Galpão da Cidadania Rio92 Desmatamento 2012 Parque dos Atletas Metas Energia Limpa. http://www.rio20.gov.br/sobre_a_rio_mais_20/estrategia-de-compensacao/gestao-de-emissoes-de-gases-de-efeito-estufa Contribuição Ivone Aparecida da Costa

Charges

Aquecimento Global em Cartuns é o nome do livro coordenado por Léo Valença e outros cartunistas só com charges sobre esse mal que assola o nosso mundo. Misturando arte, humor e boas doses de crítica, o grupo busca "dar um alerta para a vida", e têm desafio de mostrar o risco que o planeta e a humanidade correm. Read more: http://www.umnovomundo.org/2010/11/charges-sobre-aquecimento-global.html#ixzz2415h1Xeq Read more: http://www.umnovomundo.org/2010/11/charges-sobre-aquecimento-global.html#ixzz2415O9vY3 Contribuição Maria de França Nunes

Desenvolvimento sustentável

Desenvolvimento sustentável é o modelo que prevê a integração entre economia, sociedade e meio ambiente. Em outras palavras, é a noção de que o crescimento econômico deve levar em consideração a inclusão social e a proteção ambiental Gestão do Lixo O lixo ainda é um dos principais desafios dos governos na área de gestão sustentável. No entanto, na última década, o Brasil deu um salto importante no avanço para a gestão correta dos resíduos sólidos. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2000, apenas 35% dos resíduos eram destinados aos aterros. Em 2008, esse número subiu para 58%. Além disso, o número de programas de coleta seletiva saltou de 451, em 2000, para 994, em 2008. Para regulamentar a coleta e tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, além de determinar o destino final correto do lixo, o Governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n° 12.305/10), aprovada em agosto de 2010. Para saber mais sobre a gestão do lixo no Brasil, visite a página do Ministério do Meio Ambiente . Créditos de Carbono No mercado de carbono, cada tonelada de carbono que deixa de ser emitida é transformada em crédito, que pode ser negociado livremente entre países ou empresas. O sistema funciona como um mercado, só que ao invés das ações de compra e venda serem mensuradas em dinheiro, elas valem créditos de carbono. Para isso é usado o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada das emissões de gases de efeito estufa. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução dos gases poluentes tem direito a comercializar os créditos. Por exemplo, um país que reduziu suas emissões e acumulou muitos créditos pode vender este excedente para outro que esteja emitindo muitos poluentes e precise compensar suas emissões. O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca de 5% do total mundial e 268 projetos. http://www.rio20.gov.br/clientes/rio20/rio20/sobre_a_rio_mais_20/desenvolvimento-sustentavel Contribuição Ivone Aparecida da Costa

5/5 - Série - Aquecimento Global, Uma Dúvida Conveniente

Contribuição Marcelo Faria Paiva

4/5 - Série - Aquecimento Global, Uma Dúvida Conveniente

Contribuição Marcelo Faria Paiva

3/5 - Série - Aquecimento Global, Uma Dúvida Conveniente

Contribuição Marcelo Faria Paiva

2/5 - Série - Aquecimento Global, Uma Dúvida Conveniente

Contribuição Marcelo Faria Paiva

Aquecimento Global parte1/5

Contribuição Marcelo Faria Paiva

A aceleração do degelo na calota polar da Groenlândia duplicou nos últimos 25 anos.

Contribuição Marcelo Faria Paiva