domingo, 14 de outubro de 2012

Catuti (MG) - Um caso de sucesso em sustentabilidade na Rio+20

Dilma Rousseff - Discurso de Abertura Rio +20

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CARBONO Projeto V&M - Florestas Comerciais

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CARBONO Projeto V&M - Florestas Comerciais Objetivos do Projeto Esse projeto, inserido dentro das normas operacionais do CCX - Chicago Climate Exchange, está sendo desenvolvido de acordo com metodologia concebida pela FBDS e aprovada pelo CCX, tendo como objetivos principais: Identificar, dentre as áreas florestais da V&M, aquelas que são elegíveis para projetos de absorção de carbono; Calcular o volume de biomassa e as quantidades de carbono e dióxido de carbono existentes nas áreas selecionadas, tomando como data base dezembro de 2006; Projetar a variação dos estoques de biomassa, carbono e dióxido de carbono para os anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Analisar os demais aspectos sócio-ambientais relativos ao projeto e às atividades da empresa como um todo. Apresentar relatório final para aprovação do projeto pelo CCX, viabilizando a futura comercialização de créditos de carbono. Histórico A V&M do Brasil e suas subsidiárias V&M Florestal e V&M Mineração são as unidades brasileiras do grupo francês Vallourec e Mannesmann Tubes, que possui dezenas de plantas industriais e diferentes atividades em diversos continentes. O complexo industrial da V&M do Brasil concentra-se na Usina Integrada Barreiro, em Belo Horizonte. Com capacidade para produzir 600 mil toneladas/ano de tubos de aço sem costura, a unidade é uma das mais modernas e bem equipadas no mundo, sendo a única fabricante de tubos de aço a utilizar 100% de energia renovável em seu processo produtivo. Possui grande área de plantio de eucalipto, que é manejado de forma sustentável para produção de carvão vegetal. A FBDS, por sua vez, participou ativamente de todas as etapas de concepção, estruturação e início de operação do CCX, tendo inclusive patrocinado o primeiro evento internacional de discussão e divulgação de seus mecanismos institucionais e operacionais, através de seminário realizado na FIESP, em 2001. Adicionalmente, a Fundação concebeu e aprovou metodologia para apresentação de projetos florestais ao CCX e tornou-se seu representante no Brasil. Metodologia A metodologia que está sendo utilizada para análise do projeto e elaboração do respectivo relatório técnico foi totalmente desenvolvida pela FBDS e aprovada pelo Foretry Committee do CCX. Tal metodologia consiste em: Checagem das áreas elegíveis através de dados cadastrais e levantamentos aerofotogramétricos Análise do plano de manejo florestal da empresa, incluindo programação de cortes, plantios, desbastes, rebrotas, etc. Determinação das curvas de crescimento referentes às diferentes regiões de cada projeto, de acordo com as características de solo, clima e material genético Determinação das curvas densimétricas Transformação dos dados gráficos em dados númericos, tendo como suporte uma planilha Excel Cálculo do balanço de CO2 em cada talhão do projeto e consolidação dos dados Descrição de outros impactos ambientais do projeto (biodiversidade, recursos hídricos, esgotamento do solo, etc.) Breve descrição dos impactos sociais do projeto Proposição de plano de monitoramento Resultado até a presente data Projeto em fase de análise http://fbds.org.br/fbds/article.php3?id_article=540

Extrativismo Vegetal Orgânico

O extrativismo vegetal ou agroextrativismo combina técnicas de cultivo, criação e beneficiamento que buscam reproduzir a estrutura e respeitar os padrões do ambiente natural das espécies. As atividades são orientadas para o uso do conhecimento e as práticas tradicionais. No extrativismo vegetal é considerado orgânico o produto extraído ou coletado em ecossistemas nativos ou modificados, onde a manutenção da sustentabilidade do processo produtivo não dependa do uso sistemático de insumos externos, especialmente os químicos. Em 2009, os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente assinaram a Instrução Normativa Conjunta 17, que definiu as normas técnicas para a obtenção da certificação de produto orgânico oriundo do extrativismo sustentável. No extrativismo orgânico vegetal, o princípio é o respeito à singularidade cultural dos povos e comunidades tradicionais e dos agricultores familiares, aliado à manutenção da estrutura dos ecossistemas e suas funções. http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/extrativismo-vegetal

Desenvolvimento Sustentável

A sustentabilidade envolve desenvolvimento econômico, social e respeito ao equilíbrio e às limitações dos recursos naturais. De acordo com o relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU em 1983, o desenvolvimento sustentável visa "ao atendimento das necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades". A mudança de paradigmas estabelece um novo cenário para o processo de desenvolvimento das atividades agrícolas, florestais e pecuárias. É, portanto, a partir da observação da realidade local, que o Ministério da Agricultura desenvolve e estimula as boas práticas agropecuárias privilegiando os aspectos sociais, econômicos, culturais, bióticos e ambientais. Nesse caso, estão incluídos sistemas de produção integrada, de plantio direto, agricultura orgânica, integração lavoura-pecuária-floresta plantada, conservação do solo e recuperação de áreas degradadas. Para apoiar o produtor, o ministério elabora projetos e programas direcionados para a assistência técnica, financiamento e normatização das práticas rurais sustentáveis. É dessa forma que se pretende superar o grande desafio de manter o Brasil como provedor mundial de matérias-primas e alimentos aliado à necessidade da conservação do meio ambiente. http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel

Projeto sobre os Recursos Sólidos Urbanos

http://fbds.org.br/fbds/IMG/pdf/doc-543.pdf

Projeto Recursos hídricos e Sustentabilidade

O PROJETO O Brasil é sede da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (RIO+20), marcada para junho de 2012. Fruto de uma longa caminhada pela conscientização da sociedade para a urgência de tratarmos nossa relação com o meio ambiente de maneira responsável, ética e sem comprometermos o futuro das próximas gerações, este encontro internacional é uma ótima oportunidade para revermos a trajetória das ações realizadas nos últimos anos, identificando sucessos e fracassos. Só assim poderemos ajustar nossas políticas e práticas rumo ao desenvolvimento sustentável. O encontro traz também uma interessante proposta analítica chamada Economia Verde. Nessa perspectiva, estão reunidas as noções de uma economia de baixo carbono – com menores impactos sobre o equilíbrio climático, com uso eficiente dos recursos naturais e inclusão social. Realmente, é inconcebível acreditarmos em um desenvolvimento humano de longo prazo que não tenha essas premissas como alicerce. A Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) completa 20 anos de existência no mesmo ano da RIO+20. Ao longo desse tempo, temos trabalhado para promover o debate entre os diferentes atores sociais (governos, academia, empresas, sociedade civil), como forma de alcançarmos as soluções necessárias rumo à sustentabilidade. Acreditamos que essas soluções surgirão do diálogo e de negociações entre as partes, fruto de políticas públicas claramente definidas, avanços tecnológicos, gestão eficiente e mobilização social. No espírito de contribuir para os debates da RIO+20, a FBDS apresenta a coleção de estudos sobre “Diretrizes para uma Economia Verde no Brasil”, resultado de pesquisas e seminários realizados com importantes stakeholders que analisaram, discutiram, criticaram e apresentaram sugestões aos trabalhos elaborados por especialistas brasileiros nas áreas de energia, transportes, resíduos sólidos, agricultura, florestas, recursos hídricos e finanças. Nesta coleção de cadernos de conteúdo, listamos as principais barreiras identificadas para o desenvolvimento de uma Economia Verde no Brasil, assim como propomos diretrizes que deverão ser adotadas pelas diferentes esferas do poder público, do setor produtivo e da sociedade civil organizada para, enfim, ajustarmos nossa trajetória de desenvolvimento. Esse trabalho foi possível graças ao decisivo apoio financeiro e institucional oferecido por alguns dos mais importantes parceiros da FBDS, empresas não somente preocupadas, mas efetivamente engajadas na prática da agenda da sustentabilidade: AMBEV, BNDES, JSL, LIGHT, SHELL e TETRA PAK. Israel Klabin, presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável – FBDS http://fbds.org.br/fbds/article.php3?id_article=1026

domingo, 9 de setembro de 2012

Líder sindical seringalista, ativista ambiental brasileiro Chico Mendes

Líder sindical seringalista, ativista ambiental brasileiro Chico Mendes 15/12/1944, Seringal Porto Rico, Xapuri (AC) 22/12/1988, Xapuri (AC) Da Página 3 Pedagogia & Comunicação Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa em Xapuri (AC) Atualizado em 25 de novembro de 2011, às 10h31. Pobre e iletrado, o pai de Chico Mendes ganhava a vida extraindo látex das seringueiras na floresta amazônica. Aos nove anos, o garoto Francisco Alves Mendes Filho também entrou para a profissão de seringueiro: era sua única opção, já que lhe foi negada a oportunidade de estudar. Até 1970, os donos da terra nos seringais não permitiam a existência de escolas. Chico só foi aprender a ler aos 20 anos de idade. Indignado com as condições de vida dos trabalhadores e dos moradores da região amazônica, tornou-se um líder do movimento de resistência pacífica. Defensor da floresta e dos direitos dos seringueiros, ele organizou os trabalhadores para protegerem o ambiente, suas casas e famílias contra a violência e a destruição dos fazendeiros, ganhando apoio internacional. Fundou o movimento sindical no Acre em 1975, com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. Participando ativamente das lutas dos seringueiros para impedir desmatamentos, montou o Conselho Nacional de Seringueiros, uma organização não-governamental criada para defender as condições de vida e trabalho das comunidades que dependem da floresta. Chico Mendes também atuou na luta pela posse da terra contra os grandes proprietários, algo impossível de se pensar na região amazônica até os dias de hoje. Dessa forma, entrou em conflito com os donos de madeireiras, de seringais e de fazendas de gado. Participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, em 1977, e foi eleito vereador para a Câmara Municipal local, pelo MDB, único partido de oposição permitido pela ditadura militar que governava o país (1964-1985). Nessa época, Chico sofreu as primeiras ameaças de morte por parte dos fazendeiros. Ao mesmo tempo, começou a enfrentar vários problemas com seu próprio partido: o MDB não era solidário às suas lutas. Em 1979, o vereador Chico Mendes lotou a Câmara Municipal com debates entre lideranças sindicais, populares e religiosas. Lembre-se: era tempo de ditadura militar. Foi acusado de subversão e passou por interrogatórios nada suaves. Foi torturado secretamente e, como estava sozinho nessa luta, não podia denunciar o fato, ou seria morto. Foi assim, em busca de sustentação política, que decidiu ajudar a criar o Partido dos Trabalhadores (PT), tornando-se seu dirigente no Acre. Um ano depois de ser torturado, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, acusado de ter participado da morte de um fazendeiro na região que assassinara o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia. Em 1982, tornou-se presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Xapuri e foi acusado de incitar posseiros à violência, mas foi absolvido por falta de provas. Quando liderou o Encontro Nacional dos Seringueiros, em 1985, a luta dos seringueiros começou a ganhar repercussão nacional e internacional. Sua proposta de "União dos Povos da Floresta", apresentada na ocasião, pretendia unir os interesses de índios e seringueiros em defesa da floresta amazônica. Seu projeto incluía a criação de reservas extrativistas para preservar as áreas indígenas e a floresta, e a garantia de reforma agrária para beneficiar os seringueiros. Transformado em símbolo da luta para defender a Amazônia e os povos da floresta, Chico Mendes recebeu a visita de membros da Unep (órgão do meio ambiente ligado à "Organização das Nações Unidas), em Xapuri, em 1987. Lá, os inspetores viram a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros, tudo feito com dinheiro de projetos financiados por bancos internacionais. Logo em seguida, o ambientalista e líder sindical foi convidado a fazer essas denúncias no Congresso norte-americano. O resultado dessa viagem a Washington foi imediato: em um mês, os financiamentos aos projetos de destruição da floresta foram suspensos. Chico foi acusado na imprensa por fazendeiros e políticos de prejudicar o "progresso do Estado do Acre". Em contrapartida, recebeu vários prêmios e homenagens no Brasil e no mundo, como uma das pessoas de mais destaque na defesa da ecologia. Casado com Ilzamar e pai de Sandino e Elenira, Chico realizaria alguns de seus sonhos, ao assistir à criação das primeiras reservas extrativistas no Acre. Também conseguiu a desapropriação do Seringal Cachoeira, de Darly Alves da Silva, em Xapuri. Foi quando as ameaças de morte se tornaram mais frequentes: Chico denunciou o fato às autoridades, deu nomes e pediu proteção policial. Nada conseguiu. Pouco mais de um ano após sua ida ao Senado dos Estados Unidos, o ativista acabava de completar 44 anos quando foi assassinado na porta de sua casa. Em 1990, o fazendeiro Darly Alves da Silva e seu filho, Darci Alves Pereira, foram julgados e condenados a 19 anos de prisão, pela morte de Chico Mendes. Em dezembro de 2008, vinte anos depois de sua morte, por decisão do Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 2009, Chico Mendes foi anistiado em todos os processos de subversão que corriam contra ele, e sua viúva Ilzamar Mendes teve direito a indenização. Na ocasião, o ministro da Justiça, Tarso Genro, declarou: "Chico Mendes era um homem à frente de seu tempo, um homem que construiu um amplo processo civilizatório. Hoje, o estado está pedindo desculpas pelo que fez com ele. Chico Mendes foi importante para o Acre e para o Brasil." http://educacao.uol.com.br/biografias/chico-mendes.jhtm

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Usina hidrelétrica do Rio Tietê na cidade de Salesópolis

Esta usina é a primeira do Rio Tietê ,pois está a 16Km da nascente e a segunda construída no rio,ela conta a história da energia do estado de São Paulo.

Impactos Ambientais

IMPACTOS AMBIENTAIS
O meio ambiente no qual o ser humano pertence e dele retira seu sustento,seguindo essa lógica existia uma relação entre os mesmos e quando o homem começou a usa-lo de maneira inadequada começou a surgir os impactos ambientais e sociais.Tendo em vista a educação ambiental que percorre a toda sociedade.Começamos pelo uso inadequado do solos para a agricultura que tem aumentado o processo de desertificação em quase todos os continentes.A agricultura foi a primeira atividade sedentária praticada pelo homem.Com a necessidade de terras cultiváveis,ampliaram-se os impactos ambientais(desmatamentos,queima de lenha,poluição do solo,do ar e da água).Além disso, as atividades agrárias agridem a natureza com o uso de agrotóxicos.A indústria foi a que mais acelero o processo de destruição da natureza.Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento tecnológico.Desenvolvendo técnicas para vencer os obstáculos naturais e explorar os recursos que o meio ambiente lhe oferece.A produção da energia elétrica não é poluente,mas a construção de usinas pode causar profundos impactos ambientais na região.A energia liberada pela correnteza de um rio movimenta as turbinas,que vão gerar energia elétrica.Para isso é preciso que o rio percorra um terreno acidentado,com desníveis que permitam construir barragens,para a instalação da usina.Com a construção desse tipo de usina as populações são atingidas através de alagamentos de suas propriedades e até cidades,áreas florestais e o desaparecimento do habitat dos animais.Esse impacto está acontecendo com a construção da usina de Belo Monte,no rio Xingu,no estado do Pará.será a terceira maior hidrelétrica do mundo.Segundo ambientalistas, a construção da hidrelétrica irá provocar a alteração do regime de escoamento do rio,com redução do fluxo de água,afetando a flora e fauna local,inserindo impactos socioeconômicos.Outro fator será a inundação dos igarapés Altamira e Ambé,que cortam a cidade de Altamira,sem conta que o transporte fluvial será interrompido,pois este é o único meio de transporte para os ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira,onde recebem assistência médica e comercializam peixe e castanha.

O Código Florestal

Enviado por VideotecaEmbrapa em 14/08/2009 O morango é uma espécie muito sensível a pragas e doenças, que podem comprometer a qualidade e o volume de produção. Por esta razão, é uma cultura altamente demandante de insumos químicos, principalmente inseticidas, fungicidas e acaricidas, além de fertilizantes químicos. Desde 1996, pesquisadores da Embrapa Uva e Vinho, em parceria com outras instituições, desenvolvem tecnologias para o aprimoramento de sistemas de produção de morangos seguindo os princípios da sustentabilidade, garantindo a segurança dos produtores, consumidores e do ambiente. Os três principais sistemas estudados são: produção orgânica, produção convencional e produção semi-hidropônica.

Produção sustentável de morango

sábado, 1 de setembro de 2012

Porque economizar energia é importante para o país e o planeta
Fontes de energias renováveis para o Brasil : o sol, o vento, a água e a biomassa 
As usinas hidrelétricas produzem mais de 90% da energia elétrica consumida no Brasil.
Elas dependem da água dos rios em níveis adequados em seus reservatórios para gerar energia.
A falta de chuvas, de investimentos e o aumento do consumo resultaram em racionamento de energia elétrica, conhecido como apagão, nos anos de 2001 e 2002.

A construção de novas hidrelétricas significa impactos ambientais, pois tendem a alagar áreas extensas, alterando o ecossistema.
Procurar não consumir muita energia no horário de maior consumo entre 18h e 21h é necessário para evitar a construção de novas usinas e linhas de transmissão só para atender este horário de pico. Novas barragens trazem custos sociais e ambientais elevadíssimos como a inundação de terras e a destruição do hábitat de animais, plantas e de comunidades inteiras que muitas vezes não recebem compensação (reassentamento ou indenização). As grandes hidrelétricas, que inundam imensas áreas de florestas, emitem grandes quantidades de gás metano para a atmosfera.
Rã
Gasta-se muita energia para produzir alumínio e papel. Reciclar também é uma forma de colaborar e reduz a necessidade de construção de novas barragens.
No Brasil, a participação do petróleo na matriz energética é de 45%, seguido pelas fontes hidrelétricas em 39%.
O petróleo é uma fonte de energia não-renovável, assim como outros combustíveis fósseis como o carvão mineral e o gás natural.
Outra energia não renovável é a nuclear (ou atômica). Além de cara, gera lixo radioativo que precisa ser isolado e riscos inaceitáveis para o meio ambiente e a saúde humana. Há o risco de acidentes e um vazamento pode causar câncer e mutações nos seres vivos. Saiba mais sobre este assunto no site do Green Peace. www.greenpeace.org.br/nuclear/

Só há desenvolvimento sustentável com energia vinda de novas fontes renováveis.
Pequenas hidrelétricas podem produzir energia elétrica de maneira descentralizada e com pequeno impacto ambiental. Esta opção pode ser implantada em várias regiões do país aproveitando quedas-d`água naturais.
A energia do sol e a do vento podem ser transformadas em energia elétrica.
A energia solar pode ser uma alternativa para evitar as inundações causadas pelas usinas hidrelétricas e a poluição provocada pelo petróleo.
A energia eólica (dos ventos) também não libera gases tóxicos e não se esgota, como o petróleo (gasolina, diesel) e o carvão.
O nordeste é a região com maior potencial eólico. Esta energia é uma alternativa para complementar a hidreletricidade, já que o período com mais ventos ocorre quando há menos chuvas na região.

A biomassa é uma fonte limpa de energia. Reduz a poluição ambiental, pois utiliza lixo orgânico, restos agrícolas, aparas de madeira ou óleos vegetais. O bagaço da cana, que tem um alto valor energético, vem sendo utilizado para produzir eletricidade.

As condições naturais do país são favoráveis para o investimento em um do cenário elétrico sustentável utilizando a energia do sol, dos ventos, da biomassa e da água (pequenas hidrelétricas). As energias renováveis não requerem importação.
A maior utilização de energias renováveis traz muitos benefícios como :
- aumenta a diversidade da oferta de energia,
- maior geração de empregos no setor energético e novas oportunidades nas regiões rurais,
- evita alagar novas grandes áreas (floresta) preservando a biodiversidade,
- reduz a poluição e a emissão de gases de efeito estufa,
- representa economia para os consumidores,
- assegura a geração de energia sustentável a longo prazo,
- afasta o risco de novos apagões.

Os biocombustíveis são alternativas que podem gerar uma enorme quantidade de energia com menor impacto ambiental.
O mais conhecido, desenvolvido pelo Brasil, é o álcool - ou etanol - extraído da cana-de-açúcar. A mecanização da colheita é fundamental para evitar a queima da palha no campo e a emissão de dióxido de carbono para o meio ambiente.
No Brasil há um grande número de oleaginosas que podem ser usadas para produzir biodiesel como o dendê, mamona, buriti e o babaçu gerando renda para pequenos produtores. Dispomos de solo e clima adequados ao cultivo. O biodiesel é não-tóxico e uma grande oportunidade comercial para o país.

Com o aumento da demanda pelo etanol, é importante que a expansão do plantio da cana não avance sobre as matas e que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.  
Uma alternativa de energia limpa promissora é o hidrogênio, que quando usado como combustível produz como resíduo apenas vapor de água.

Esquema de funcionamento do Efeito Estufa na atmosfera terrestre

Nas ultimas décadas, contudo, a concentração natural desses gases isolantes tem sido aumentada demasiadamente pela ação do homem, como a queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e a ação das indústrias, aumentando a poluição do ar. O excesso dessa camada está fazendo que parte desses raios não consigam voltar para o espaço, provocando uma elevação na temperatura de todo o planeta, o aquecimento global. Por isso, o nome estufa é usado para descrevê-lo.
Uma estufa é um lugar úmido, abafado, semelhante a uma sauna, usado para guardar plantas em desenvolvimento e que precisam de calor e umidade. Os Gases do Efeito Estufa (GEEs), misturando-se à atmosfera, comportam-se como uma estufa, retendo o calor solar próximo à superfície terrestre.

Gases do Efeito Estufa

Os principais gases que provocam esse fenômeno são:
- dióxido de carbono (CO2);
- óxido nitroso (N2O);
- metano (CH4);
- cloro-fluor-carboneto (CFC);
São oriundos, principalmente, da queima de combustíveis fósseis e o desmatamento. Em excesso, o efeito estufa causa um superaquecimento, provocando consequências desastrosas, como o derretimento de parte das calotas polares; mudanças climáticas; elevação do nível dos oceanos; maior incidência de fenômenos como furacões, tufões, ciclones; secas; extinção de espécies; destruição de ecossistemas e ondas de calor.
Visando diminuir as emissões dos GEEs, a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou vários países para assinar um tratado, em 1997, denominado “Protocolo de Kyoto“, na ocasião da Rio-92 ou Eco-92. O acordo determina que os países industrializados diminuam entre 2008 a 2012 suas emissões de gases poluentes a um nível 5,2% menor que a média de 1990. Os Estados Unidos, o país que mais contribui para esses danos ambientais, o maior poluente do planeta, porém, não ratificaram o documento.
O Brasil está em 4º lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa na atmosfera. A maior contribuição brasileira fica por conta dos desmatamentos (veja: Desmatamento da Amazônia, Desmatamento da Mata Atlântica), cerca de 80% de nossas emissões.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Texto sobre Mudanças Climáticas

Introdução 
As mudanças climáticas são alterações que ocorrem no clima geral do planeta Terra. Estas alterações são verificadas através de registros científicos nos valores médios ou desvios da média, apurados durante o passar dos anos.
Fatores geradores
As mudanças climáticas são produzidas em diferentes escalas de tempo em um ou vários fatores meteorológicos como, por exemplo: temperaturas máximas e mínimas, índices pluviométricos (chuvas), temperaturas dos oceanos, nebulosidade, umidade relativa do ar, etc.

As mudanças climáticas são provocadas por fenômenos naturais ou por ações dos seres humanos. Neste último caso, as mudanças climáticas têm sido provocadas a partir da Revolução Industrial (século XVIII), momento em que aumentou significativamente a poluição do ar.

Consequências 
Atualmente as mudanças climáticas têm sido alvo de diversas discussões e pesquisas científicas. Os climatologistas verificaram que, nas últimas décadas, ocorreu um significativo aumento da temperatura mundial, fenômeno conhecido como aquecimento global. Este fenômeno, gerado pelo aumento da poluição do ar, tem provocado o derretimento de gelo das calotas polares e o aumento no nível de água dos oceanos. O processo de desertificação também tem aumentado nas últimas décadas em função das mudanças climáticas.
 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Imagem do efeito estufa

Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra. É imprescindível para manter a temperatura do planeta em
condições ideais de sobrevivência. Sem ele, a Terra seria muito fria, dificultando o desenvolvimento das espécies.
Acontece da seguinte forma: os raios provenientes do Sol, ao serem emitidos à Terra, têm dois destinos. Parte deles é absorvida, e transformada em calor, mantendo o planeta quente, enquanto outra parte é refletida e direcionados ao espaço, como radiação infravermelha. Ou seja: cerca de 35% da radiação é refletida de volta para o espaço, enquanto os outros 65% ficam retidos na superfície do planeta. Isso por causa da ação refletora de uma camada de gases que a Terra tem, os gases estufa. Eles agem como isolantes por absorver uma parte da energia irradiada e são capazes de reter o calor do Sol na atmosfera, formando uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que ele escape de volta para o espaço.

O nosso saudoso mestre Aziz Ab Saber e sua opinião sobre oesfeito estufa


 Programa Roda Viva


Luiz Weis: ...Situar esse problema que todo mundo está falando “efeito estufa para cá, efeito
  estufa para lá”. Existe o efeito estufa, o senhor aposta nele?

Aziz Ab’Saber: Em primeiro lugar, Weis, eu não vou responder sobre efeito estufa, porque eu não sou um físico, eu sou um geógrafo, um geógrafo interdisciplinar, então eu vou responder, em primeiro lugar, sobre a questão do meu rigor em relação ao documento dos cientistas e dos prêmios Nobel. Eu tenho para comigo que o cientista só fala da região e dos aspectos que ele conhece e, no caso de um cientista que tem preocupações com o panorama desgraçado das desigualdades sociais e dos problemas do Terceiro Mundo, o cientista tem que ter um olho na ciência e um olho na aplicação da ciência. Ao aplicar ciência, ele já é um político, mesmo que não esteja em partidos. E, nesse sentido, o grande problema nosso é de observar bem, ter bons conhecimentos que dêem validade à observação. Ninguém observa sem primeiro ter uma longa experiência de observações e, ao mesmo tempo, de fazer diagnósticos que se traduzam em uma possibilidade de aplicação da ciência. Nesse sentido, a gente tem que ter o maior rigor com os colegas: quem não viu, quem não conhece as regiões, as áreas, os problemas de uma sociedade, os problemas das relações e do mosaico ecológico e de uma série de tipo de espaços de países subdesenvolvidos projetados sobre a herança da natureza, não tem muito direito de falar, tenha a maior especialidade do mundo e tenha recebido por essa especialidade os maiores prêmios da face da terra. Então eu não estou sendo rigoroso, eu estou sendo rigorosamente um cientista que sabe o valor do conhecimento básico, o valor do diagnóstico e a dificuldade da proposta. A proposta é que pode ser ética, não-ética, ou que pode variar segundo algumas possibilidades quase que intuitivas do diagnóstico. Nesse sentido, toda vez que se faz proposta com muita discussão nós temos vantagem, porque são várias óticas que se cruzam para se aperfeiçoar as propostas. Então, a minha primeira resposta para você é sobre essa questão delicada do aparelho de rigor. Eu sei que estou sendo rigoroso, mas estou sendo rigoroso em homenagem à ciência e não em homenagem às pessoas e aos especialistas. Cada vez a ciência terá que se conduzir melhor no campo da interdisciplinaridade, isso é ponto pacífico. [A] Segunda resposta diz respeito ao problema do efeito estufa. Eu sou um velho estudioso do problema das variações climáticas do quaternário na face da Terra [compreende a era do Cenozóico. O marco inicial, segundo geógrafos, se situa 2,5 milhões de anos atrás, na época denominada de pleistoceno] e, sobretudo, em relação à América tropical. Houve tempo em que os cientistas franceses, sobretudo os pré-historiadores, diziam, em relação à África, que teria havido uma sucessão de ciclos em que durante a glaciação a África teria sido úmida e durante os períodos interglaciais [períodos ande a temperatura da terra se eleva] a África teria sido seca. E nós, aqui no Brasil, com muita facilidade de observação ao longo da estrutura superficial da paisagem e à custa de observações que nos foram possibilitadas por uma certa reeducação dos cientistas brasileiros – através de um contato com um mundo científico  internacional, a partir de 1956, de um grande congresso internacional de geografia que houve no Rio de Janeiro – nós invertemos isso. Nós descobrimos que durante um período glacial aconteciam coisas integradas na América tropical, excepcionais: mais estocagem de gelo nos pólos e nas altas montanhas, diminuição do nível do mar... na hora em que o mar começa a diminuir de nível, os dois se estendem por aquilo que era uma plataforma, ao mesmo tempo a corrente fria sobe mais para... até o sul da Bahia, ela bloqueia a entrada da umidade. E eu acrescentei a tudo isso um segundo fato: a grande massa de ar equatorial continental, que é de uma força tão grande que atinge o estado de São Paulo durante o verão. Ela sai da Amazônia, se estende por todo o corpo das terras baixas da América tropical, tanto assim que quando o El Niño entra pelos Andes, lá na Colômbia, ela não consegue entrar na Amazônia e vem bater no sul do país, é isso que explica a dinâmica das grandes chuvas e das inundações aqui no centro-sul extremo do Brasil. Então, nós sabíamos que o controle do nível do mar é dependente do calor ou da glaciação, mais glaciação, nível mais baixo, corrente fria funcionando mais acima, menos potência, não tinha potencialidade da massa de ar equatorial continental. E, em sabendo desses fatos que foram naturais na história da Terra, vivida por questões complexas que escapam à Terra e que são exógenas, nós temos o dever de alertar o mundo sobre o aquecimento global. O global climate change não é uma simples idéia que caiu do espaço, é uma função da projeção dos conhecimentos sobre as variações climáticas, agora não-naturais, determinadas pelo homem e pelas atividades econômicas através de muitos tempos. Então, quando alguém diz “o Bush foi, recebeu informações de grupo de cientistas”, eu fico pensando quem são esses grupos de cientistas que normalmente estão mais próximos de um presidente. Porque é muito mais difícil para o presidente Collor [presidente do Brasil entre 1990 e 1992] receber notícias diretas de um humilde professor da universidade do que receber de mil vozes dos famosos, pelas famosas pessoas – que eu não gostaria de dizer o nome que eu tenho em relações a elas – que rodeiam o poder. Então, não é verdadeiro que seja uma possibilidade vaga. A cidade de São Paulo, que abrange a grande São Paulo... O construtivismo da grande São Paulo, tão plenamente, de todos os espaços, ela já se reduziu de 1900 para 1990, ela aumentou o nível de calor de 18,2, que eram as primeiras medidas da temperatura, para 20,3. Agora, se você somar devastações feitas pelo café, pelos citros, pelas canas, pela instalação do mundo urbano à maior bacia urbana da região e do hemisfério sul, que é a de São Paulo e der uma taxa de aumento de calor para tudo isso – isso é uma quantificação difícil, mas pode ser feita – você vai saber que houve um aquecimento. Então, projete isso para o tempo. Nós estamos cuidando de 1900 para 1990 para São Paulo e houve esse acréscimo de 2,2. Você projete todos esses acontecimentos, queimadas, instalação de bacias urbanas superdensificadas. São Paulo tem seis cidades originadas pelo ciclo do café e tem 1.500 cidades realmente existentes em 600 e poucos municípios, funcionando todas no mesmo modelo, cada uma copiando o modelo da outra, o modelo urbano e industrial do nosso tempo. Então é perigoso o futuro do planeta Terra em função do aquecimento global, eu tenho que jogar isso para o futuro. Eu penso que os dois pontos essenciais, tinha mais um [a] que talvez a gente volte, está bom?

 http://www.rodaviva.fapesp.br/materia/331
Poluição do ar
Fontes de poluição, efeito estufa, chuva ácida, combustíveis fósseis, consequências da poluição,
combustíveis não poluentes, poluição ambiental e poluição atmosférica
poluição do ar
Indústrias: poluentes despejados no ar ( poluição industrial )
 
Introdução 
A partir de meados do século XVIII, com a Revolução Industrial, aumentou muito a poluição do ar. A queima do carvão mineral despejava na atmosfera das cidades industriais européias, toneladas de poluentes. A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todas os prejuízos advindos deste "progresso". Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo.
Geração da poluição 
A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que  alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.
Problemas gerados pela poluição 
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação). Em dias secos e com poluição do ar alta, é recomendado beber mais água do que o normal, evitar atividades físicas ao ar livre, utilizar umidificador dentro de casa (principalmente das 10h às 16h) e limpar o chão de casa com pano úmido). 
A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega. 
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.
Soluções e desafios
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível. No Brasil, por exemplo, temos milhões de carros movidos a álcool, combustível não fóssil, que poluí pouco. Testes com hidrogênio tem mostrado que num futuro bem próximo, os carros poderão andar com um tipo de combustível que lança, na atmosfera, apenas vapor de água.
Curiosidades:
- Cidades do mundo com o ar mais poluído: Pequim (China), Karachi (Paquistão), Nova Délhi (Índia), Katmandu (Nepal), Lima (Peru), Arequipa (Peru) e Cairo (Egito)
- Cidades do mundo com o ar mais limpo: Calgary (Canadá), Honolulu (Estados Unidos), Helsinque (Finlândia), Wellington (Nova Zelândia), Mineápolis (Estados Unidos) e Adelaide (Austrália).
- 14 de agosto é o Dia de Controle da Poluição Industrial.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Que país é este? Este não é o meu país.


15/03/2012 10h26 - Atualizado em 15/03/2012 10h26

Movimento dos Atingidos por Barragens protesta no Centro do Rio

Manifestantes se reúnem na Candelária para marcha por ruas do Centro.
Eles pedem atenção do governo às famílias desalojadas por barragens.

Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) se reúnem na manhã desta quinta-feira (15) na Candelária, no Centro do Rio, em mais uma etapa de manifestações para pressionar o governo por mudanças no modelo energético e para cobrar mais atenção às famílias desalojadas pelos lagos.

Os manifestantes pretendem sair em passeata até o prédio da Agência Nacional de Petróleo, na Avenida Rio Branco, e seguir até a sede da Light, na Avenida Marechal Floriano, também no Centro.
Na quarta-feira (14), policiais militares do 2º BPM (Botafogo) foram chamados para a manifestação que o grupo fez em frente ao prédio de Furnas, na Rua Real Grandeza, em Botafogo, na Zona Sul. A manifestação fez parte da jornada nacional de lutas do MAB, que acontece em diversas capitais, de 13 a 15 de março.

O movimento tem como principais reivindicações a criação de uma política nacional que garanta os direitos dos atingidos por barragens; a criação de um órgão do governo para tratar dessa questão específica; e um fundo para esse grupo da sociedade.
Na terça-feira (13), integrantes do mesmo movimento ocuparam a sede da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em Recife, Pernambuco.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/03/movimento-dos-atingidos-por-barragens-protesta-no-centro-do-rio.html

 


08/08/2012 06h30 - Atualizado em 08/08/2012 06h30

Árvores doentes podem aumentar aquecimento global, diz pesquisa

Plantas estudadas tiveram 80 mil vezes mais metano do que nível normal.
Gás encontrado contribui para mudança climática e efeito estufa.

Do Globo Natureza, em São Paulo
1 comentário
Árvores doentes podem estar gerando metano, um dos gases responsáveis pelo aquecimento global, segundo cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Eles pesquisaram 60 plantas na floresta de Yale Meyers, na região nordeste do estado de Connecticut, e encontraram concentrações do gás 80 mil vezes maiores do que o normal.
Em condições comuns, a presença do metano é de menos de duas partes por milhão na atmosfera. Nas partes ocas das árvores doentes, os pesquisadores encontraram níveis médios de 15 mil partes por milhão de metano no ar.
A pesquisa foi divulgada na revista "Geophysical Research Letters" ("Cartas de Pesquisa Geofísica", na tradução do inglês). A concentração do metano nas árvores doentes chega a ser inflamável, segundo o coordenador do estudo, Kristofer Covey, da Universidade de Yale.
O pesquisador aponta que as condições encontradas nas árvores são normais em vários locais de floresta no mundo, o que indica que os cientistas podem ter achado uma nova fonte de produção do metano "em escala global".
As árvores doentes têm um potencial de aquecimento global equivalente a 18% do carbono capturado pelas mesmas florestas, reduzindo o benefício climático que elas criariam em cerca de um quinto, segundo Covey.
"Se nós extrapolarmos o que foi encontrado [no estudo] para florestas em escala global, o metano produzido pelas árvores representaria 10% das emissões do mundo", afirmou Xuhui Lee, co-autor da pesquisa e professor de meteorologia em Yale. Ele reconhece que os cientistas "não sabiam da existência" deste processo de criação do metano.
Mais velhas
As árvores que produzem metano são mais velhas e doentes, com idade entre 80 e 100 anos. No caso da floresta de Yale, elas estão sendo afetadas por um fungo que cria condições favoráveis para a proliferação de microorganismos que fabricam o gás.
Ninguém havia pensado que a ideia de podridão causada por fungos, um problema comum em florestas, poderia estar ligado à produção de gases-estufa e ao aquecimento global, reforçam os cientistas.
Aquecimento global

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Atuação do Parlamento será fundamental para atingir objetivos da Rio+20

Atuação do Parlamento será fundamental para atingir objetivos da Rio+20

Na Câmara, vários projetos de lei tratam de temas que podem ajudar o Brasil a cumprir as metas estabelecidas na Rio+20.
Em junho deste ano, o Rio de Janeiro se transformou em palco do maior debate realizado até hoje sobre o desenvolvimento sustentável. Durante nove dias, mais de 45 mil pessoas de cerca de 190 países participaram da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, discutindo questões econômicas, sociais e, claro, ambientais.

No final da conferência mais de 100 chefes de estado aprovaram um documento final, chamado “O Futuro que Queremos”. O texto acabou deixando de fora temas polêmicos, como a criação de um fundo internacional para financiar a economia verde e a definição dos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Dep. Ivan Valente 283x173
Ivan Valente: “O resultado do texto é uma grande carta de intenções.”
Para o deputado Ivan Valente (Psol-SP), o texto ficou muito fraco. “A falta dos principais líderes dos países poluidores e com elevado desenvolvimento econômico já era um sintoma do que seria o resultado final da Rio+20. Dos cinco grandes [países] que participam do Conselho de Segurança da ONU, só a França veio. Outros, como a Rússia, mandaram representantes. A primeira-ministra da Alemanha preferiu ver o jogo de futebol do que vir à Rio+20”, criticou Valente.
Mas, para o presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputado Márcio Macêdo (PT-SE), o documento foi um avanço. “É melhor um acordo possível do que não ter um acordo”, avaliou Macêdo lembrando que a quantidade de países envolvidos na discussão na Rio+20 tornou muito complexa a tarefa de se conseguir um acordo. “O maior legado que a Rio+20 pode trazer para o Brasil é o debate, a discussão e a popularização desse tema.”
O relator da Comissão de Mudanças Climáticas, senador Sérgio Souza (PMDB-PR), reconhece que o documento final da Rio+20 não teve a ousadia esperada por muitos, mas ainda assim acredita que o resultado foi um avanço. “A Rio+20 é um marco inicial, não um marco final. Ela deu o rumo que devemos seguir até a Rio+40.”
O senador ressalta que a implementação das metas assumidas na conferência é de responsabilidade do Executivo, mas lembra “o documento final da Rio+20 tem que ser inserido na legislação de cada país”. Ao Congresso Nacional, explica Souza, cabe não só votar os projetos que o Executivo enviará para adequar a legislação aos compromissos assumidos, mas ainda acompanhar o desempenho dos programas e a obtenção das metas.
O doutor em Ecologia Genebaldo Freire acredita que a Rio+20 obteve avanços inegáveis. “Para perceber a importância do que aconteceu, é preciso fazer uma comparação com o que houve em Estocolmo, em 1972, e o que vem acontecendo nesses últimos 40 anos. Sempre há avanços e retrocessos, eu não conheço nenhum outro grande encontro que envolva tantas pessoas de diferentes países em que tudo tenha sido sucesso.”
“O que eu lamento nesses encontros é não considerar a dimensão do crescimento populacional. Nós estamos colocando 75 milhões de pessoas, no planeta a cada ano. Isso dá em média 8.600 pessoas por minutos, isso é sustentável e esse tema tem sido sistematicamente evitado nesses encontros”, criticou o especialista.
Conta da agricultura
O deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) acredita que é possível produzir respeitando o meio ambiente, mas reclama que a conta fica só com o produtor. “A área que vai ficar inativa é dele [do produtor], ele vai beneficiar a sociedade inteira, mas pagando a conta. Temos que pensar também na urbanização da área urbana. Todos precisam colaborar.”
“O setor rural é o grande responsável pelo saldo hoje da nossa balança de exportação, alimento na mesa de todos os brasileiros a preços bons com produtos de qualidade. Mas de repente o homem na área rural virou o grande predador brasileiro”, critica Marquezelli.
Para o líder do Psol, deputado Chico Alencar (RJ), no entanto, quem tem mais poder econômico tem que ter mais obrigações.
Participação popular
O deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que participou dos debates no Rio de Janeiro, reconhece a importância do Parlamento para se atingir as metas propostas pela conferência, mas afirma que o papel principal na busca pelo desenvolvimento sustentável cabe à sociedade.
“O papel que a Câmara tem em dar continuidade ao que foi discutido na Rio+20 é exatamente deixar que a sociedade se aproprie desse tema, que ela direcione o debate. Quanto mais a sociedade se apropriar do tema ‘economia sustentável’, mais fácil de a gente poder produzir legislação que possa facilitar esse desenvolvimento.”
Beto Oliveira
Sarney Filho
Sarney Filho: o protagonismo da defesa da sustentabilidade está nas mãos da sociedade.
O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Sarney Filho (PV-MA), também ressalta a participação da sociedade na conferência. “Nós tivemos duas Rio+20: a oficial - de chefes de estado - e a da sociedade – envolvendo ONGs, empresários, trabalhadores, indígenas.”“Na Rio+20 oficial nós tivemos um resultado frustrante. Não saímos de lá, como esperávamos, pensando que haveria uma governança global para implementar uma radical mudança na produção, no consumo. Por outro lado, ficou comprovado que o protagonismo da defesa da sustentabilidade está nas mãos da sociedade”, afirmou Sarney Filho. Ele reconhece que o documento final da conferência é genérico porque é fruto da diversidade de interesses envolvidos na discussão e da necessidade de se chegar a um consenso, mas afirma que, efetivamente, os avanços foram conseguidos pela sociedade. “A C40 – órgão que reúne em torno de 74 cidades do mundo – resolveu criar uma meta de redução de emissões [de gases de efeito estufa]; algumas das maiores bolsas de valores do mundo aceitaram fazer a contabilidade ambiental nas suas empresas; o banco Mundial disponibilizou quase 3 bilhões de dólares para financiar projetos de mobilidade urbana com combustíveis não fósseis”, enumera Sarney Filho. “São as ‘forças vivas’ da sociedade que vão levar os governos a se modificarem”, aposta o deputado.Reportagem – Paula Bittar/TV Câmara
Edição – Natalia Doederlein

Um dos temas discutidos na Rio +20

'Emergentes têm de se unir pelas economias verdes', diz secretário-geral da Rio+20

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK
Um tema chave da Rio+20 é a economia verde, mas não há consenso sobre o conceito.
A economia verde inclui baixo carbono, mas vai além. Economias verdes têm de ser consideradas no contexto mais amplo do desenvolvimento sustentável. Esforços para erradicar a pobreza são ferramentas para isso.
É importante que cada país tenha espaço político para definir e perseguir o seu próprio caminho para uma economia verde. Mas há coisas que nós, como comunidade internacional, precisamos fazer juntos para nos colocar no caminho do desenvolvimento sustentável.
Economias verdes podem proporcionar muitos benefícios. Implementadas corretamente e acompanhadas pelas políticas sociais apropriadas, uma economia verde poderia proporcionar empregos decentes para as pessoas de diferentes níveis de renda e habilidade, principalmente para os pobres e desempregados.
E as economias verdes definitivamente exigem adoção de padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
Durante as negociações, há consenso de que as economias verdes não devem criar barreiras comerciais ou condicionalidade da ajuda.
 http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/1099353-emergentes-tem-de-se-unir-pelas-economias-verdes-diz-secretario-geral-da-rio20.shtml


 

Os 40 anos do programa Landsat

Paulo André Vieira 19 de Agosto de 2012 A Terra é monitorada pelo programa Landsat desde julho de 1972, produzindo imagens de satélite que fornecem importantes recursos para a compreensão de nosso planeta. Sete satélites já fizeram parte do programa, mas apenas seis conseguiram chegar até a órbita do planeta. Atualmente dois satélites, os Landsat 5 e 7, estão em operação, e outro deve ser lançado em 2013. Abaixo podemos ver uma seleção de algumas das melhores imagens feitas pelo programa ao longo de seus 40 anos. O material foi divulgado pelo Observatório da Terra, cuja missão é compartilhar com o público as imagens, histórias e descobertas sobre o clima e o ambiente que surgem a partir de pesquisas da NASA.
Nesta imagem é possível ver os terríveis efeitos do desmatamento no estado de Rondônia. A imagem da esquerda é de 1972, e mostra a floresta praticamente intacta. Na imagem da direita, feita em 2012, os impactos do desmatamento são claramente visiveis.
A primeira imagem em alta resolução, tridimensional e em cores verdadeiras feita da Antártida foi construída a partir de mais de 1.100 imagens do satélite Landsat 7 adquiridas entre 1999 and 2001. Foram precisos anos de trabalho até a divulgação da imagem final em 2007.
O programa Landsat registrou a devastação ambiental causada pela Guerra do Golfo em 2001, quando mais de 650 poços de petróleo foram incendiados no Kuwait. Eles ficaram em chamas por 10 meses, e foram necessários 11.450 trabalhadores de 38 diferentes países para apagar todos os incêndios.
O programa Landsat foi testemunha das inovações técnológicas no campo. Em 1972 o interior do estado norte-americano do Kansas era dominado pelos tradicionais campos retangulares, que dependiam da chuva para serem irrigados. Em 2012 as técnicas de irrigação modernas fazem com que o visual mude radicalmente.
As linhas de fronteiras entre países normalmente só podem ser vistas nos mapas escolares, mas a realidade política e econômica as vezes fica bem clara quando observada do espaço. Esta imagem de 1988 da fronteira entre o México e a Guatemala mostra o desmatamento do lado mexicano, e foi a responsável pelo início das discussões entre os presidentes dos dois países que levaram à cooperação para a preservação das florestas.
Em 1988 um gigantesco incêndio florestal destruiu mais de 3.000 km2 do Parque Nacional de Yellowstone. A área em vermelho mostra a cicatriz causada pelas chamas. Incêndios de grandes proporções como este costumam ocorrer em intervalos de 100 a 300 anos, e são importantes para devolver os nutrientes ao solo das regiões montanhosas. Mas estudos recentes apontam que as mudanças climáticas podem diminuir o intervalo entre esses incêndios, o que poderia levar a uma alteração completa do tipo de vegetação daquela região até 2050.
Pequim é a segunda maior cidade da República Popular da China, e uma das mais antigas do mundo. Nas últimas quatro décadas cresceu para se tornar uma das cidades mais densamente populadas do planeta. Na imagem da esquerda, feita em 1978, a população da cidade era de aproximadamente 7,9 milhões de pessoas. A Pequim de 2011, na direita, explodiu para mais de 12 milhões de habitantes.
O desmatamento na região de Madre de Dios, na Amazônia Peruana, cresceu assustadoramente nos últimos 7 anos. Em 2011 as imagens feitas pelo Landsat 5 chamaram a atenção da comunidade científica, que ao investigar a região encontrou não apenas a devastação causada pelo desmatamento, mas também indícios do envenenamento por mercúrio da população e da vida selvagem. ((o))eco, mais rápido que os satélites, já havia estado por lá em 2010, relatando todo o impacto causado pela mineração. http://www.oeco.com.br/geonoticias/26359-os-40-anos-do-programa-landsat

domingo, 26 de agosto de 2012

imagem aquecimento global

http://dicasgratisnanet.blogspot.com.br/2012/05/aquecimento-global-e-efeito-estufa.html
O que é sustentabilidade?

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

Lei Ambiental em São Paulo

A Lei do Clima, uma lei ambiental municipal de São Paulo recentemente aprovada, previa, entre outras ações, que, a cada ano, 10% da frota de ônibus passasse a utilizar biocombustíveis (etanol ou biodiesel) em substituição aos movidos a combustíveis fósseis. No entanto, os novos ônibus adquiridos pela Prefeitura, desde então, continuam sendo movidos a diesel, (Folha de S. Paulo, 16/06/2010, p.C1), o que afeta o meio ambiente e a sociedade de diferentes formas.Consequências da queima de combustíveis fósseis:chuva ácida,efeito estufa,poluição atmosférica e doenças respiratórias.

imagem

sustentabilidade-vídeos

Vídeo - sustentabilidade

sábado, 25 de agosto de 2012

Reflita...


Biocombustíveis-Salvando o futuro


Biocombustíveis Energia Verde- Petrobras


Globo Ecologia Parte 1 Aquecimento Global


Guardiões da floresta: Índios colombianos gerem suas terras

Junto com a delegação de índígenas da Colômbia, Roberto Noreña (4º da esquerda para a direita) participa de mesa de debates na Rio+20. Foto: Vincent Brackelaire
Um grupo de cinco indígenas colombianos da região amazônica foi à Rio+20 para defender seu papel de “guardiões da selva” e afirmar que eles, também, podem dar sua parcela de contribuição na preservação da floresta e no resguardo da biodiversidade. No grupo, estava Roberto Marina Noreña, 46 anos, da etnia barasano, que saiu da terra onde vive na divisa dos estados Vaupés e Amazonas, sudeste da Colômbia, e viajou durante sete horas de avião, até o Rio de Janeiro, para participar da conferência e mostrar a experiência de seu povo no manejo sustentável.

Os barasanos vivem no Rio Pirá Paraná e tem a gestão legal de seu território desde 1991, ano da nova Constituição colombiana, que incluiu os direitos dos povos indígenas de gerir seus territórios. A Colômbia se destacou na região por conceder, há 21 anos, pelo então presidente Virgilio Barco,a entrega aos povos indígenas da Amazônia dos títulos de propriedade sobre 20 milhões de hectares.

Hoje, metade do território colombiano é coberto por florestas. E os indígenas, que representam apenas 2% da população colombiana, detêm 30% das áreas verdes. “Somos originários desse lugar. Foi uma conquista que o Estado colombiano reconheceu. Temos, hoje, o nosso direito de igualdade como qualquer pessoa do país. Culturalmente, nossos ancestrais deixaram toda a política necessária para bem administrar os recursos do meio ambiente”, disse Roberto Noreña.

O indígena barasano foi à Rio+20 representando a Associação de Capitães e Autoridades Tradicionais Indígenas do rio Pirá Paraná (ACAIPI), que desenvolveu um plano de salvaguarda da manifestação Hee Yaia Kéti Oka (Jaguares do Yurupari), o conhecimento tradicional para o manejo do mundo dos grupos indígenas do rio Pirá Paraná. “Para garantir nossa existência, temos um manejo de cultivo típico, um sistema de conhecimento e, dessa forma, temos a política de sustentabilidade”, explicou.

Somente a associação ACAIPI reúne 17 comunidades indígenas e 39 malocas tradicionais, com uma população de 2.500 pessoas, que vivem em uma área de 4.500 quilômetros quadrados.

Mapa que mostra as regiões indígenas da Amazônia colombiana. Clique para ampliar. (Fonte: Fundacion Gaia)
Noreña admitiu que o diálogo inicial com as autoridades foi difícil. “No início, desconfiavam que nós não seríamos capazes de assumir essa descentralização administrativa. Mas sempre fomos pacíficos, responsáveis e enfrentamos as barreiras com calma”.

A experiência dos barasanos e de outros, como os piapoco e os curipaco do rio Negro, os tanimuka e letuama dos rios Wakaya e Oiyaca, foi reunida na publicação “Guardiões da Selva – Governabilidade e autonomia na Amazônia Colombiana”, em espanhol, lançada na Rio+20 pela Consolidação Amazônica (COAMA) em parceria com o programa de bosques tropicais da União Europeia.

Para o antropólogo Martin Von Hildebrand, da Fundação Gaia Amazonas e coordenador da COAMA, ainda que restrita ao território colombiano, que ocupa 7% do total da Amazônia, esta experiência começa a dar frutos. Ele defende a necessidade de trabalhar em parceria com os povos indígenas para preservar a floresta.

“O nordeste da bacia amazônica ainda é uma região desconhecida e bem conservada pelos povos indígenas, uma área com alta biodiversidade. Eles são povos que já estavam aqui antes dos europeus, são culturas tão antigas e diferentes, e não destruíram o planeta como nós. Eles têm muito a oferecer”, disse Von Hildebrand. “Eles dão uma enorme contribuição ao conhecimento da medicina, alimentação e proteção ao meio ambiente. Há coisas que os indígenas entendem e que a ciência ainda não pode medir”.

Somente na Colômbia, existem 85 etnias indígenas e 68 línguas distintas e, segundo a COAMA, 95% dos povos detêm hoje o direito legal de gerir suas terras.
Aquecimento Global

A aceleração do degelo na calota polar da Groenlândia duplicou nos últimos 25 anos
A aceleração do degelo na calota polar da Groenlândia duplicou nos últimos 25 anos

O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.



Consequências do Aquecimento Global

As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura consequência desse fenômeno.

No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.



Efeito de Estufa

O degelo é outra consequência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano tornou-se 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Science, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas.



O Degelo provocado pelas Alterações Climáticas

Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas comprometem-se a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja atingida, o principal é os Estados Unidos.

Atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coreia do Sul.


Por Wagner de Cerqueira e Franscisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Expansão de florestas no Ártico pode acelerar aquecimento

Plantas liberam mais carbono do que são capazes de capturar, diz estudo

Tundra
Solo da tundra possui muita matéria orgânica estocada, dizem pesquisadores (Thinkstock)
Ao contrário do que se pensava, a expansão de florestas na região do Ártico pode liberar mais carbono na atmosfera, agravando os efeitos do aquecimento global. Isso acontece porque as novas plantas aceleram a decomposição de matéria orgânica no solo, liberando mais dióxido de carbono do que podem capturar do ar.

Saiba mais

TUNDRA ÁRTICA
Vegetação presente nas regiões árticas, como o norte da Rússia, Canadá e Suécia. Como a região é muito fria e recebe pouca luz e chuva, a vegetação não consegue se desenvolver, sendo restrita a musgos, liquens e pequenos arbustos.
FLORESTA DE BÉTULAS
As bétulas são árvores de tamanho pequeno ou médio, que se localizam em regiões temperadas. Elas são conhecidas como espécies pioneiras, por colonizar rapidamente outras áreas. As florestas de bétulas têm aumentado de tamanho nas últimas décadas, principalmente em áreas montanhosas da Noruega, a Suécia e a Finlândia.
Com o aumento das temperaturas, os cientistas têm constatado uma mudança na vegetação da região da tundra ártica, no norte da Europa. A paisagem antes dominada por pequenos arbustos e musgos agora também comporta cada vez mais florestas.
Até hoje, os cientistas pensavam que isso pode ser uma boa notícia: o crescimento de florestas aumentaria a quantidade de carbono armazenado em plantas da região e diminuiria sua concentração na atmosfera. Mas uma nova pesquisa publicada na revista Nature Climate Change mostra que essas novas plantas podem, na verdade, liberar grandes quantidades de carbono armazenadas no solo da tundra, piorando os efeitos do aquecimento global.
A pesquisa foi feita no norte da Suécia, onde os cientistas analisaram os estoques de carbono em uma tundra e uma floresta de bétulas, vegetação que tem aumentado na região nas últimas décadas.
Ao comparar os resultados, eles descobriram que a floresta de bétulas era capaz de armazenar até duas vezes mais carbono em suas árvores que a tundra. No entanto, isso não compensava os baixos estoques de carbono em seu solo. “Isso acontece porque o solo da tundra possui muita matéria orgânica estocada, por causa de sua lenta decomposição”, diz Gareth Phoenix, colaborador do estudo.

Aquecimento global

Aquecimento global

Descobridor do buraco na camada de ozônio diz que eventos climáticos extremos são causados pelo homem

Ganhador do prêmio Nobel de Química em 1995, o mexicano Mario Molina propõe que aquecimento global seja combatido com tratado semelhante ao que combateu o uso de gás CFC nos anos 80

O cientista Mario J. Molina, que recebeu o prêmio Nobel em 1995
O cientista Mario J. Molina, que recebeu o prêmio Nobel em 1995 (Reprodução)
Seca nos EUA, nevascas intensas na Europa, enchentes na Austrália. Segundo o cientista Mario J. Molina, que recebeu o prêmio Nobel de Química em 1995, junto com Paul Crutzen e Sherwood Rowland, por seu papel na identificação do buraco na camada de ozônio, afirmou que existem evidências crescentes de que esses e outros eventos climáticos atípicos dos últimos anos estejam sendo provocados pela atividade humana e pelo aquecimento global.  
"As pessoas podem não estar a par das importantes mudanças que ocorreram no entendimento cientifico dos eventos climáticos que estão no noticiário. Eles agora têm uma ligação mais clara com atividades humanas como a liberação de monóxido de carbono que ocorre durante a queima de carvão e de outros combustíveis fósseis", disse Molina. As declarações foram feitas em discurso durante o 244° encontro da American Chemical Society, que reúne nesta semana 14.000 cientistas na Filadélfia (EUA).
Molina, que desempenhou um papel fundamental na identificação do papel do composto CFC  (clorofluorocarbono) na redução da camada de ozônio, disse que a luta para alertar o público e conscientizar a indústria sobre os riscos do aquecimento global é muito mais difícil do que a travada para salvar a camada de ozônio.
"As mudanças climáticas são um tema bem mais amplo. Combustíveis fósseis, que são o centro do problema, são muito importantes para a economia, e afetam muitas outras atividades. Isso faz com que as mudanças climáticas sejam muito mais difíceis de lidar que a questão do ozônio", disse.
Descrédito inicial — Em 1974, Molina e seu colega F. Sherwood Rowland alertaram a comunidade científica de que as substâncias conhecidas como CFC, presentes em aerossóis e em outros produtos, tinham o poder de destruir a camada de ozônio, que funciona como um "escudo protetor" na atmosfera, bloqueando raios solares ultravioletas potencialmente perigosos.
Os alertas inicialmente foram recebidos com desdém pelas indústrias que produziam o composto. Empresas como a DuPont afirmaram inicialmente que não havia provas científicas sobre os males provocados pelo CFC, e também fizeram previsões sombrias sobre os impactos econômicos que o fim da produção do composto poderia provocar.
Segundo Molina, mesmo que a indústria tenha inicialmente tentado desacreditar os estudos sobre CFC, o tema era bem menos explosivo que o aquecimento global, que, em sua opinião, se tornou um tema dominado pela política e por posições polarizadoras. Apesar dessas diferenças, o cientista propõe que o problema seja enfrentado com um acordo internacional semelhante ao que regulamentou a produção do CFC, que ficou conhecido como Protocolo de Montreal.

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PROTOCOLO DE MONTREAL
Em 1987, entrou em vigor o Protocolo de Montreal, que estabeleceu metas para a substituição e eventual eliminação do CFC e de outras substâncias que afetam a camada de ozônio. Considerado um dos tratados internacionais mais bem sucedidos da história, foi ratificado por 197 países.
"O novo acordo deve estabelecer um preço para a emissão de gases do efeito estufa, algo que fará com que seja economicamente mais favorável para os países fazerem a coisa certa. O custo para a sociedade persistir nisso será menor do que o custo dos danos climáticos caso a sociedade não faça nada”.
Não há certeza absoluta — Molina disse que mesmo que não exista "certeza absoluta" de que o aquecimento global está causando eventos climáticos extremos, os efeitos de tempestades, secas e outros eventos pode ser "benéficos" para  fazer com que o público se conscientize sobre o aquecimento global e a necessidade de se fazer algo.
"É importante que as pessoas estejam fazendo mais do que só escutando sobre o aquecimento global. Elas talvez estejam sentido, sofrendo o impacto da alta nos preços dos alimentos, tendo uma ideia de como pode ser o dia a dia no futuro se a sociedade não tomar alguma providência", disse Molina.
O cientista também afirmou que não é certo o que vai acontecer com a Terra caso nada seja feito para reduzir ou deter as mudanças climáticas.
"Mas não há dúvida de que o risco é enorme, e que nós podemos ter algumas consequências devastadoras, especialmente para alguns extratos da sociedade. Não é muito provável, mas existe alguma possibilidade de que aconteçam catástrofes."